Do céu ao inferno: saiba como não ter prejuízo nesta Black Friday

Prejuízo financeiro com as fraudes no comércio eletrônico brasileiro já chega a R$ 80 milhões. Saiba como se proteger

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Apenas nas primeiras 16 horas da megaliquidação Black Friday, o comércio eletrônico já movimentou R$ 248 milhões, de acordo com a ClearSale. Até o final desta sexta, a previsão de receita é de R$ 1,2 bilhão.

Mas, apesar das boas perspectivas de faturamento para a data, as queixas de consumidores não são poucas. Até o início da tarde, site ReclameAqui contabilizou 5.260 queixas de consumidores. As mais recorrentes são relacionadas a problemas para navegação no site, maquiagem de preços, incluindo a famosa oferta “metade do dobro”, além de dificuldades de continuar a compra depois que o produto é colocado no carrinho da loja virtual.  Outra forma de maquiagem identificada pelos consumidores foi a cobrança de frete caro, compensando o desconto no preço.

“Os comerciantes precisam pensar a longo prazo. Se o consumidor tiver uma má experiência de compra ele não vai voltar a fazer negócios no site e, com as redes sociais, essa má impressão é muito mais fácil de ser propagada”, avalia o Diretor de Tecnologia do Buscapé, William Wada.

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Wada lembra que não só os consumidores correm risco de sofrer fraudes durante o evento. Um estudo da FControl, empresa do PayU Group, mostra que o prejuízo financeiro com as fraudes no comércio eletrônico brasileiro já chega a R$ 80 milhões, mesmo valor registrado em todo o ano de 2012. No ano passado, as perdas somaram mais de R$ 107 milhões. 

 Até agora, de todas as transações no comércio eletrônico brasileiro que foram analisadas pela Fcontrol em 2014, a empresa registrou um índice de tentativas de fraudes de 1,84%, acima do apurado no ano anterior, de 1,69%. “Por isso, é de extrema importância seguir alguns cuidados para o e-commerce não perder credibilidade para o consumidor”, acrescentou William. 

Entre tais cuidados está contratar serviços de empresa especializada na prevenção e detecção de fraudes do comércio eletrônico. “Isso já é uma premissa para quem tem um site. Existem diversos serviços com grandes variações de preços. É possível achar o melhor que se encaixe com o tamanho de sua loja virtual”, conta o executivo. Ele lembra também que há outros serviços que detectam possíveis riscos de compras, por exemplo, quando um golpista faz compras no site com cartão de crédito roubado. 

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Outros problemas estão relacionados à infraestrutura dos e-commerces ou até a ataques de hackers. “As empresas investem milhões de reais em publicidade e se algo der errado em sua plataforma nessa data, tudo pode ser perdido e ainda mais, a imagem da empresa pode ser vinculada a uma eventual falha de plataforma e ataques de hackers”, conta o gerente de linhas financeiras da corretora de seguros Willis Brasil, Marcelo Pollak.

Pollak conta que hoje existem seguros para riscos cibernéticos, que protegem a empresa de praticamente toda a exposição virtual, desde armazenamento de dados de terceiros até a funcionalidade de sua plataforma, em caso de ataques de hackers.

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