Bancos na UE terão regras mais duras por uso de serviços de computação em nuvem

Reguladores do bloco se preocupam com a concentração de operações em algumas poucas plataformas de computação em nuvem

Reuters

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LONDRES (Reuters) – As empresas financeiras da União Europeia terão que mostrar com que rapidez podem se recuperar de um ataque digital, já que tem maior dependência de gigantes da computação em nuvem, como Amazon, Microsoft, Google e IBM, disse a União Europeia nesta segunda-feira.

Os reguladores do bloco se preocupam com a velocidade e a escala com que bancos, seguradoras e empresas de investimento estão transferindo funções críticas e operações de mercado para um punhado de plataformas de computação em nuvem.

Uma falha nos serviços dessas empresas pode potencialmente derrubar operações de muitas empresas financeiras, disseram os reguladores.

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O Conselho da UE, que representa os 27 Estados-membros que fazem parte do bloco, disse que concluiu a fase final de aprovação para a nova Lei de Resiliência Operacional Digital, conhecida como DORA.

Bancos e outras empresas financeiras já têm planos para segurança de TI, mas é necessário mais para que eles permaneçam com capacidade de resposta durante uma grave interrupção, disse Zbynek Stanjura, ministro das finanças da República Tcheca, que ocupa a presidência da UE.

“Graças aos requisitos legais harmonizados que adotamos hoje, nosso setor financeiro estará mais apto a continuar funcionando o tempo todo”, disse Stanjura. Os requisitos serão aplicados a empresas financeiras e terceiras “críticas” e que fornecem serviços baseados em computação em nuvem.

“Se for lançado um ataque em larga escala ao setor financeiro europeu, estaremos preparados para isso”, disse Stanjura.

As autoridades do mercado de capitais, de seguros e bancos do bloco redigirão regras técnicas para implementação da nova lei.

O Parlamento Europeu já deu sinal verde e a lei entrará em vigor por volta do final de 2024.