Apple X Twitter: Musk diz que dona do iPhone ameaçou bloquear Twitter da App Store

Segundo Musk, a companhia criada por Steve Jobs teria parado de anunciar no Twitter, engrossando a lista de anunciantes que fugiram da plataforma

Mariana Amaro

Ilustração com foto de Elon Musk , logotipos do Twitter e notas de dólares norte-americanos, 01/08/2022. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration

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Elon Musk acusou a Apple de ameaçar bloquear o Twitter da loja de aplicativos App Store sem dizer o motivo. A acusação aconteceu nesta segunda-feira (28) por meio da rede social do bilionário. O novo dono do Twitter, em uma série de posts, também afirmou que a Apple “praticamente parou de anunciar no Twiter”. E provocou: “eles odeiam a liberdade de expressão nos Estados Unidos?

De acordo com a empresa de medição de anúncios Pathmatics, a Apple gastou cerca de US$ 131.600 em anúncios no Twitter entre 10 de novembro e 16 de novembro, abaixo dos US$ 220.800 entre 16 e 22 de outubro, uma semana antes de Musk concluir a aquisição do Twitter.

Na mesma sequência de tweets, Musk marcou a conta do Twitter do presidente da Apple, Tim Cook, questionando “o que está acontecendo aqui?” e, depois, afirmou que Apple coloca uma ‘taxa secreta de 30% em tudo que você compra por meio da App Store, a loja de aplicativos da Apple.

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Twitter sem caixa?

No início de novembro, Musk disse que o Twitter teve uma queda “maciça” na receita e culpou grupos ativistas por pressionarem os anunciantes.

Várias empresas, incluindo General Mills e Audi, interromperam a publicidade no Twitter desde que Musk comprou a rede social por US$ 44 bilhões, enquanto a GM disse que interrompeu temporariamente a publicidade paga na plataforma.

Apple também está em apuros, mas por outras razões

As ações da Apple (AAPL34) caíram cerca de 2% nesta segunda-feira, depois que a crescente agitação de trabalhadores na maior fábrica de iPhone do mundo passou a alimentar preocupações com a produção de iPhones 14.

A fábrica da Foxconn, principal fornecedora da Apple, pode sofrer uma queda adicional nas entregas de novembro, já que milhares de funcionários se demitiram em meio ao descontentamento com as rígidas restrições do Covid-19 para conter o aumento de infecções na China, onde a unidade está localizada.

A escassez impediu muitos consumidores de comprar os smartphones durante a Black Friday – o período de compras mais movimentado do ano – e pode reduzir as vendas no crucial trimestre de final de ano.

A Wedbush Securities estimou que o cenário pode afetar a produção entre 5% e 10% das unidades do iPhone no trimestre atual.

(Com informações da Reuters)

Mariana Amaro

Editora de Negócios do InfoMoney e apresentadora do podcast Do Zero ao Topo. Cobre negócios e inovação.