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Com aumento na inadimplência, empresas recorrem ao seguro de crédito

Apenas em 2015, cerca de R$ 295 milhões foram recebidos em sinistros pelo mercado, mais do que o dobro do valor registrado em 2014

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Tendo em vista o cenário econômico de recessão, cada vez mais empresas têm aderido ao seguro de crédito para evitar prejuízos quanto à falta de pagamentos e garantir seus recebíveis.

Apenas em 2015, cerca de R$ 295 milhões foram recebidos em sinistros pelo mercado, mais do que o dobro do valor registrado em 2014, de R$ 87,5 milhões. E, tão cedo, esse cenário não deve apresentar grandes mudanças: segundo Patrícia Krause, economista chefe para América Latina da Coface, a expectativa é e que a inadimplência estabilize, não diminua. “O aumento no número dos pedidos de recuperação judicial contribuiu pra isso”, disse.

O aumento nas buscas de seguro de crédito tem relação direta com esses números. Patrícia citou como um dos principais casos as empresas que sempre realizaram pagamentos em dia e nunca enfrentaram grandes problemas no Cerasa, mas que nesse cenário entraram com o pedido de recuperação judicial e não conseguiram cumprir o prazo dos pagamentos. Isso foi agravado por conta da alta nos juros e, como consequência, dificuldade em renovar financiamentos.

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“Se a empresa não tiver um seguro de crédito e uma outra empresa com quem ela possua um acordo entrar em recuperação judicial, a chance de receber os pagamentos é mínima. A legislação brasileira é muito benevolente com a recuperação judicial”, disse Patrícia, completando que o tempo para que os pagamentos sejam realizados pode ser superior a dois anos.

Tipos de seguro
Existem dois tipos de cobertura de seguro de crédito: para vendas em mercado doméstico e para o mercado de exportação, sendo que o segundo se encontra em um momento melhor que o primeiro. São apólices diferentes, já que o de mercado doméstico é voltado somente para vendas feitas dentro do país, e o de exportação para vendas feitas para o exterior. 

Em ambos, a cobertura é sobre os recebíveis e chega a ser de 90% do valor total do pagamento. “Nós estamos sempre em contato com a empresa e em revisão para alavancar as vendas”, disse a economista. 

O custo para as contratantes pode variar conforme o setor em que ela atua, país e faturamento – sob o qual é cobrada uma taxa percentual. 

Expectativa
Segundo Patrícia, a expectativa do mercado é de que a sinistralidade diminua, com maior facilidade para garantir e renovar financiamentos, queda nos juros e a estabilização da inadimplência, mas que ainda assim o mercado de seguro de crédito deve apresentar crescimento no próximo ano.

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