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Aluguel de ações: operação pode aumentar os seus ganhos na Bolsa

Recomendada para investidores com perspectiva de longo prazo, a operação é simples e pode aumentar ganhos com ações

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Embora muitos investidores não conheçam, é possível alugar ações. Assim como quando alugamos uma casa ou um automóvel, também no mercado acionário existe a possibilidade de utilizar temporariamente a propriedade de outros. Para quem está de posse das ações e não pretende vender no curto prazo, isso pode representar uma fonte adicional de receitas.

A operação é simples: através de sua corretora você pode oferecer o aluguel de ações que estão em seu poder. Do outro lado, o principal público alvo destas ações acaba sendo, em geral, investidores institucionais, que já assumiram posição vendida nestas ações e precisam dos papéis. Para tal, estão dispostos a pagar um preço.

Rentabilidade adicional
Alugar ações pode ser uma excelente oportunidade para alavancar ganhos de investidores com perspectivas de longo prazo. Afinal de contas, se você não pretende vendê-las no curto prazo, estas ações podem ser alugadas, gerando uma fonte adicional de receitas. A operação pode ser comparada, por exemplo, com o aluguel de um apartamento.

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Ao alugar um apartamento de sua propriedade, você fecha um contrato por tempo determinado e por um valor definido. Quando o período de aluguel, no qual você não pode negociar a propriedade, se encerra, você recebe o imóvel de volta. Caso queira vender após o fim do contrato, estará sujeito às condições de mercado.

O mesmo ocorre no aluguel de ações. Se o papel subir ou pagar proventos no período, é o proprietário, ou doador, que recebe estes benefícios, obviamente correndo o risco no caso das ações caírem.

Risco e garantias
Embora você continue correndo o risco de qualquer variação do papel, a operação de aluguel em si tem risco muito baixo. A CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) age como reguladora da operação, exigindo garantia para quem toma as ações emprestadas.

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Para estes investidores, os tomadores, a CBLC exige uma garantia que, em geral, fica em torno de 100% do valor do aluguel mais um intervalo de margem determinado pela própria reguladora, que deve estar disponível quando a operação é fechada. Assim, como no mercado futuro, as margens são ajustadas diariamente, de forma a proporcionar a garantia adequada. A margem varia de acordo com fatores de risco, em geral ficando entre 5% e 20%.

A garantia não precisa necessariamente ser em dinheiro. A CBLC aceita também outros ativos financeiros, entre os quais títulos públicos federais, ouro ativo financeiro, ações que compõem o Ibovespa, títulos privados, títulos da dívida externa, cartas de fiança bancária e seguros de crédito.

Remuneração e custos
O custo do aluguel, equivalente a uma taxa de juro cobrada pelo período, varia de acordo com o mercado. Depende do equilíbrio entre oferta e demanda, ou seja, entre ações disponíveis para aluguel e ações demandadas para aluguel.

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Esta taxa é expressa em base anual e calculada pró-rata de acordo com o período definido, que pode variar, a partir de um dia. Vale lembrar que o prazo mais comum é de 30 dias, com o pagamento dos juros ocorrendo no primeiro dia útil após o encerramento do contrato.

As corretoras, que fazem a intermediação entre os clientes e a CBLC, muitas vezes cobram taxas no aluguel de ações. Embora não exista uma padronização entre as corretoras, níveis próximos a 0,5% do valor total do aluguel sejam comuns. A CBLC cobra uma taxa de registro de 0,25% do tomador.

Modalidades e valores
Existem dois tipos de operação de aluguel. A primeira é a reversível, onde o tomador pode encerrar a operação a partir da data de reversão estipulada no contrato. A segunda modalidade é a não reversível, onde o tomador fica obrigado a manter a posição até o final do contrato.

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Não existem valores máximos ou mínimos, embora a maioria das corretoras evite trabalhar com operações abaixo de R$ 10 mil ou R$ 15 mil, em função dos custos operacionais envolvidos. Nesta hora, vale a pena checar com sua corretora.

Para estas operações, que são sempre realizadas através da mesa da corretora, é necessário, além de ter as ações em carteira pelo período do aluguel, ter também um contrato de aluguel de ações em dia.