Paulistanos estão com a pior sensação de insegurança desde 2008

91% dos entrevistados de uma pesquisa relataram que se sentem pouco/nada seguros em São Paulo; nem 1% acha que a cidade é segura

Heraldo Marqueti Soares

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SÃO PAULO – A recente onda de violência que tem assolado a cidade de São Paulo fez o nível de insegurança da população disparar em uma avaliação realizada entre os meses de novembro e dezembro que constam da pesquisa Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município), da ONG Rede Nossa São Paulo. O levantamento mostra que 91% dos 1.512 entrevistados se sentem pouco ou nada seguros na capital paulista. Em 2008, desde que começaram as apurações, esse total foi de 87%.

O índice “segurança na cidade” foi o que apresentou a maior piora na avaliação, considerando o ano passado e o atual. No quesito, apenas menos de 1% acredita que São Paulo é uma cidade muito segura para se viver. 
 
A pesquisa também questionou: “do que você mais sente insegurança em São Paulo?”. O quesito da violência em geral ficou como prioridade em 71% das respostas. Já o medo de assalto e roubo ficou em 2º, como primeira resposta (63%) e sair à noite, em 3º, com 41% – sendo que este último percentual dobrou entre 2011 e 2012.

Por outro lado, os fatores que menos estimulam a insegurança do paulistano são: medo de andar de ônibus e metrô (3% afirmaram ser o principal motivo), insegurança em multidões (4%) e, por incrível que pareça, insegurança ao dirigir (5%).

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Soluções
Sobre as soluções que deveriam ser tomadas para diminuir o problema da insegurança na capital paulista, a mais votada foi “combater a corrupção na polícia e nos presídios”, com 26% das primeiras respostas entre 19 alternativas. Já 10% dos entrevistados priorizam que “o número de policiais nas ruas aumentem”, ao passo que “promover ações para aproximar a polícia da população” ficou com apenas 1% das prioridades de todos os pesquisados.

Você sairia de São Paulo?
Entre a população que passou pela pesquisa, 56% responderam que sairia de São Paulo se tivesse oportunidade, contra 43% que se recusariam a deixar a capital paulista. Em 2009 esses valores eram respectivamente 57% e 41%.

Satisfação geral
A satisfação geral de qualidade de vida no cotidiano do morador de São Paulo apresentou piora: em 2009, 13% diziam que a qualidade de vida melhorou muito no ano. Em 2012 esse número passou para apenas 8% de satisfação.

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Por fim, a satisfação geral com a qualidade de vida na capital paulista atingiu nota 4,7 em uma escala de avaliação de 1 a 10 (1 significa totalmente insatisfeito e 10 completamente satisfeito) – esse número ficou abaixo da média (5,5) e registra o menor valor em relação aos demais anos.

Poucos são os aspectos da cidade que apresentam pequenas melhoras de 2011 para 2012, são eles: punição à corrupção, o aumento da quantidade de ciclovias na cidade e o respeito ao pedestre.

No conjunto dos 169 aspectos avaliados, divididos em 25 áreas, 82% foram avaliados inferiores da média (5,5) e somente 28 deles (17%) alcançam índices superiores ao da média da escala do levantamento.