Preços de carnes impulsionaram inflação pelo IGP-M

Nos bens finais (-0,21% para 0,24%), a principal contribuição veio de alimentos processados (-0,47% para 2,07%), grupo que inclui as carnes bovinas

Estadão Conteúdo

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Os preços tanto no atacado quanto no varejo abandonaram as quedas observadas em agosto e voltaram a subir em setembro, de acordo com a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Nos dois estágios, as carnes ficaram mais caras e puxaram o movimento de aceleração da inflação, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), os bovinos como matéria-prima bruta (animal ainda vivo) aceleraram de -0,59% na segunda prévia de agosto para alta de 3,45% no mesmo índice referente a setembro. Já no estágio final, as carnes bovinas no frigorífico também ganharam força, de 0,43% para 6,82%.

Apesar disso, outros itens também contribuíram para a inflação no atacado. Entre as matérias-primas brutas (-1,55% para 0,12%), a mandioca ganhou força e subiu 9,54%, contra queda de 8,38% no mês passado. Já o milho permaneceu no negativo, mas com menor intensidade, passando de -4,57% para -0,88%). No sentido contrário, desaceleraram café (7,31% para 4,73%), pedra britada (1,45% para -1,94%) e soja (-1,99% para -2,16%).

Nos bens finais (-0,21% para 0,24%), a principal contribuição veio de alimentos processados (-0,47% para 2,07%), grupo que inclui as carnes bovinas. Já os bens intermediários avançaram 0,56%, após recuo de 0,13% em agosto, influenciados pelos materiais e componentes para a manufatura (-0,45% para 0,45%).

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Varejo

No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), todas as classes de despesa ganharam força na passagem do mês, mas a principal contribuição partiu do grupo Alimentação (-0,15% para 0,20%). Mais uma vez, o item carnes bovinas se destacou, acelerando de -0,60% para 2,08%.

Também intensificaram o ritmo de alta os grupos Transportes (-0,12% para 0,28%), Educação, Leitura e Recreação (-0,33% para 0,50%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,57%), Vestuário (-0,79% para 0,01%), Habitação (0,34% para 0,43%), Comunicação (-0,18% para 0,05%) e Despesas Diversas (0,22% para 0,28%).

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As maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens etanol (-1,47% para 0,65%), salas de espetáculo (0,38% para 2,59%), medicamentos em geral (-0,37% para 0,24%), roupas (-0,99% para 0,13%), tarifa de eletricidade residencial (0,82% para 1,17%), pacotes de telefonia fixa e internet (0,00% 2,52%) e clínica veterinária (1,29% para 2,12%), respectivamente.

Construção

A alta de 0,20% no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi um pouco menor do que no mês anterior (0,23%). O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços acelerou de 0,07% para 0,43%, mas o custo da Mão de Obra ficou estável (0,00%), contra alta de 0,38% no mês anterior – o que garantiu a desaceleração.

Fonte: Financial Times