Expectativa de impeachment “pausa” busca por moedas

Segundo CEO da MelhorCambio, a expectativa é que a procura aumente se presidente for afastada

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – As movimentações do câmbio, neste período de instabilidade política, são imprevisíveis: o afastamento ou não da presidente Dilma Rousseff tem tudo para interferir no preço de compra do dólar para os brasileiros – mas ainda não se sabe em que sentido. Mesmo assim, as pessoas têm suas apostas.

De acordo com Stefano Assis, CEO da plataforma de negociação de moedas MelhorCambio, o processo de impeachment, com votação no plenário da Câmara prevista para este domingo, parece ter “pausado” a procura de clientes por compra de dólar.

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“As notícias dão a entender que existe uma grande chance de a Dilma sair [da presidência]. Caso o impeachment saia, nossa expectativa é de que a procura por dólar vai aumentar muito, já que especialistas preveem que isso gerará queda do dólar comercial para algo em torno dos R$ 3,30, R$ 3,20”, explica ele. Como o cenário macroeconômico mundial continua o mesmo independentemente do que ocorrerá no Brasil, a queda no longo prazo não deverá ser maior que isso.

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“Opostamente a isso [a expectativa de altas movimentações depois da votação], nessa semana a gente tem percebido que as pessoas têm segurado a compra. Elas continuam pesquisando [no site], mas efetivamente comprar, as pessoas estão comprando pouco”, comenta ele.

Não é a primeira vez que a plataforma nota uma mudança de comportamento relacionada indiretamente à política. “Quando teve a condução coercitiva [do ex-presidente Lula], a queda brusca do dólar fez com que as casas de câmbio até ficassem sem moeda, de tanta procura”.

Melhor momento

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Embora haja chances de queda, Stefano aconselha a viajantes que nunca deixem para trocar todo o dinheiro de uma vez só. “Nunca coloque toda a expectativa em um único evento”, diz, “as pessoas que vão viajar para o exterior devem comprar aos poucos, de modo a conseguir uma taxa média. Uma aposta pode ser tanto positiva quanto uma oportunidade perdida, então o melhor a se fazer é garantir uma taxa média confortável para o bolso”, conclui o CEO.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney