Veja 5 hábitos financeiros que podem te prejudicar – e como livrar-se deles

O economista Richard Rytenband explica como esses hábitos podem fazer você perder dinheiro

Júlia Miozzo

Publicidade

SÃO PAULO – Alguns hábitos que muitas vezes passam despercebidos podem ser prejudiciais à nossa vida financeira, seja nos fazendo perder ou impedindo nosso enriquecimento. O economista Richard Rytenband comenta sobre cinco desses hábitos e a importância de deixá-los para trás.

1. Antes de consumir como rico, produza como rico
A origem daquela dívida que você não compreende pode ser fruto do hábito de gastar mais do que se ganha. É preciso saber o quanto produzimos e possuímos antes de gastar e manter-se nessa média. “Para consumir é necessário ter renda, e para ter renda só produzindo. É importante buscar alternativas extras de renda se for necessário. Quem ignora isso, apenas acumula dívidas e pode estar sedimentando o caminho para a falência pessoal”, aconselha Rytenband.

2. Ilusão monetária
Saber se houve ou não perda de poder aquisitivo só é possível se levarmos em conta a inflação, já que é uma variável de grande influência no dinheiro. “Para verificar se houve ganho ou perda de poder aquisitivo em um investimento ou renda é importante calcular o retorno real, e isto significa descontar a inflação do período”, afirma Rytenband. Sem incluir o valor da inflação no cálculo, temos uma visão errada do que o investimento está gerando – e entrar numa dívida fica mais fácil.

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

3. Contabilidade mental
“É muito comum observar pessoas utilizando o limite do cheque especial mesmo tendo dinheiro aplicado na poupança. O que em poucas palavras, significa aceitar pagar 10% ao mês de juro, enquanto recebe apenas 0,5% a.m.”, diz Rytenband. Organize seu orçamento com cuidado, seja através de uma planilha ou por simples anotações. Deixe claro todas as suas aplicações e fundos, caso seu patrimônio seja compartilhado, para saber onde está cada parte de seu dinheiro e não endividar-se ou ter gastos desnecessários.

4. Efeito doação
“Este efeito induz as pessoas a permanecerem com um bem recebido como doação inicial, como uma herança ou carta de investimentos, e não utilizar ou deixar de ajustar de acordo com o melhor risco versus retorno”, explica Richard. Manter as doações como estão e não pensar em uma maneira de melhorá-las pode impedir que ela aumente ou renda mais dinheiro. Cabe a você encontrar um destino mais rentável para doação recebida para não ter prejuízos.

5. Acreditar que poupar é o bastante
Leve em conta a inflação também neste caso: apenas poupar pode acabar prejudicando seu futuro investimento. “Com o efeito do fenômeno da inflação, o investidor precisa de investimentos que no mínimo superem a inflação do período, caso contrário, no melhor cenário estará mantendo o poder de compra e todo aquele esforço de se privar do consumo terá sido em vão”, explica o economista. É importante programar-se – neste caso, acompanhar a inflação – para investir e saber quais os riscos de seus investimentos.