Manter um empregado doméstico ficou mais caro em 2015; a solução não é a demissão

Custo mensal mínimo subiu em São Paulo por causa de mudanças no salário mínimo e preço do transporte

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SÃO PAULO – O custo mínimo mensal do empregado doméstico na cidade de São Paulo teve aumento de 12,3% em 2015 em relação ao valor do ano anterior, passando de R$ 1.130,26 em 2014 para R$ 1.269,43.

De acordo com a Lalabee, empresa que fornece uma plataforma digital de gestão para empregados domésticos, a culpa da alta é do reajuste do salário mínimo da categoria e do aumento no valor do vale-transporte.

O salário mínimo de uma empregada doméstica no Estado passou de R$ 810 para R$ 905, enquanto o preço da tarifa de transporte público, considerando ônibus, metrô e trens, subiu R$ 0,50.

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Segundo o CEO e cofundador da Lalabee, Marcos Machuca, esse valor mensal não deve sofrer aumento, já que o FGTS ainda não é obrigatório, pois não foi regulamentado.  Porém, as famílias que não querem comprometer o orçamento não precisam demitir o funcionário para tentar economizar.

Machuca recomenda algumas soluções que ajudam a diminuir o custo de ter um empregado doméstico. Confira:

Folga durante a semana
Imagine que você tem uma empregada que trabalha cinco dias por semana, mas por algum motivo, você irá precisar dela no final de semana. Ao invés de ela trabalhar seis dias e você precisar pagar um dia de hora extra, dê folga a ela em um dia da semana.

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Evite horas extras
Assim como no primeiro caso, procure compensar as horas a mais que o empregado ficou prestando serviço. Se ele ficou duas horas a mais em um dia, permita que ele chegue ao trabalho mais tarde ou saia mais cedo.

Dormir no trabalho
Hoje, não existe custo extra para o empregado doméstico dormir na casa do empregador. Ou seja, não tem adicional noturno. Porém, caso o empregado seja acionado durante a noite, o tempo deve ser considerado como hora extra.

Diaristas
Quem pensa que trocar a empregada mensalista por uma diarista precisa fazer as contas antes, pois pode acabar gastando mais com a mudança. Por exemplo, se o valor cobrado pela diarista for de R$ 150 e ela trabalhar dois dias por semana para a família, no final do mês será desembolsado R$ 1.200.

Já a empregada mensalista está custando R$ 1.269,43, considerando o salário mínimo líquido para uma jornada de 44 horas semanais, o desconto de 8% do INSS sobre o salário e o desconto de 6% de vale transporte sobre o salário.

Para o CEO, pagar a mais R$ 69,43 é mais vantajoso, pois o empregado estará disponível todos os dias da semana. Além disso, em alguns casos é difícil dispensar o mensalista, como babás, motoristas e cuidadores.