1% das pessoas terá mais dinheiro que os outros 99% até 2016

As pessoas que integram o segmento 1% mais rico contam com uma renda média anual de US$ 2,7 milhões

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SÃO PAULO – A soma da riqueza do 1% de pessoas mais ricas do mundo irá ultrapassar os outros 99% até o ano que vem, segundo um levantamento realizado pela ONG britânica Oxfam apresentado nesta segunda-feira (19) antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

A riqueza desse 1% da população subiu de 44% do total de recursos mundiais em 2009 para 48% no ano passado, sendo que em 2016, esse patamar pode superar 50% se o ritmo atual de crescimento for mantido.

A concentração de riqueza que se observa hoje entre os 99% é de 52% dos recursos mundiais. Porém, destes, 46% estão nas mãos de cerca de um quinto da população; o que significa que a maior parte da população é dona de apenas 5,5% das riquezas mundiais.

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Em média, os membros desse segmento tiveram uma renda anual individual de US$ 3.851 (R$ 10.104, de acordo com a cotação do Banco Central do Brasil do dia 19 de janeiro de 2015) em 2014, enquanto os integram o segmento 1% mais rico, a renda média anual é de US$ 2,7 milhões (R$ 7 milhões).

A agência internacional alertou que a extrema desigualdade a atrasa a luta contra a pobreza global num momento em que uma em cada 9 pessoas não têm o suficiente para comer e mais de um bilhão pessoas ainda vivem com menos de US$ 1,25 por dia.

O diretor executivo da ONG Winnie Byanyima, que também irá presidir o Fórum, pediu medidas urgentes para conter esta onda crescente de desigualdade, começando com uma repressão contra sonegação fiscal de empresas e empurrar o progresso em direção a um acordo global sobre as alterações climáticas.

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Vale lembrar que no ano passado, outra pesquisa revelou que as 85 pessoas mais ricas do planeta têm a mesma riqueza que mais que 50% dos pobres, ou o mesmo que 3,5 mil milhões de pessoas. Esse número é agora de 80%.

As soluções que a ONG sugere para tentar reverter essa situação são reprimir a sonegação fiscal, investir em serviços públicos gratuitos universais como saúde e educação, repensar as cargas tributárias, introduzir salários mínimos e garantir a igualdade legal de remuneração.