Veja o que fazer com o 13º para sair do vermelho e iniciar 2015 no azul

Décimo terceiro salário não deveria ser usado para pagar dívidas

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SÃO PAULO – O final de ano é, naturalmente, um período de ganhos e gastos extras. Na euforia das comemorações, o desejo de presentear parentes e amigos e o sonho de viajar nas férias podem ser comprometidos pela falta de planejamento financeiro para essas despesas e para aquelas que chegam junto com o ano novo, como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, entre outras.

Por isso, essa época é ideal para promover uma “faxina financeira” no orçamento, diagnosticar a atual situação das contas e decidir o que fazer com o décimo terceiro salário, que pode ser uma mão na roda para os consumidores.

Segundo o educador financeiro, Reinaldo Domingos, o ideal é que esse benefício chegasse como um bônus para realização de satisfações pessoais, como um presente. “No entanto, muita gente aguarda o benefício ansiosamente para cobrir o desequilíbrio financeiro. Há quem recorra aos bancos que oferecem antecipação desse recurso como uma forma de empréstimo para quitar dívidas ou amenizá-las.”

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O problema de utilizar o 13º salário para pagar dívidas, é que com essa atitude, só estará mascarando o real e verdadeiro problema: a ausência de educação financeira. Domingos explica que o endividamento é um problema que tem de ser resolvido com o próprio salário. “Ou seja, com a redução nos gastos. É muito provável que pessoas que estejam nessa situação não estejam respeitando o próprio padrão de vida”, afirma.

Mesmo quando é necessário entrar em um financiamento para a realização de determinados sonhos que não são acessíveis de outra forma, é importante avaliar se as parcelas, de fato, caberão no orçamento, levando em conta todas as outras despesas e demais sonhos de curto, médio e longo prazos.

“Portanto, antes de ir compulsivamente às compras de fim de ano, faça um diagnóstico da sua situação financeira”, explica o educador. A dica é relacionar todas as despesas fixas e variáveis para descobrir o comprometimento dos seus ganhos com as dívidas e investigar para onde está indo a sua renda. Dessa forma, é possível saber quais são os gastos supérfluos que podem ser eliminados.

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Aqueles que não estão endividados e numa situação mais confortável, de equilíbrio financeiro, mas ainda não tem o hábito de poupar podem aproveitar o décimo terceiro para iniciar uma reserva e manter essa prática de poupar.

Para quem já tem perfil investidor, o décimo terceiro é oportunidade para incrementar o investimento. Destine 50% para alguma aplicação que a pessoa já possua e outros 50% pode servir para planejar um salto em direção à sua independência financeira, investindo, por exemplo, em previdência privada.