Ministro das Cidades diz que 3ª fase do Minha Casa Minha Vida será continuada

De acordo com ministro, os programas sociais são prioridade do governo de Michel Temer

Reuters

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SÃO PAULO – O ministro das Cidades, Bruno Araújo, afirmou nesta sexta-feira que o Minha Casa, Minha Vida será continuado e reiterou que os programas sociais são prioridade do governo do presidente interino Michel Temer.

Em nota à imprensa, o Ministério das Cidades disse que reafirma “o compromisso não só com a manutenção do programa Minha Casa, Minha Vida, mas também com a importância do seu aprimoramento e na medida em que a economia permitir, sua ampliação, com objetivo justamente de garantir que os programas sociais possam prosseguir”.

O comunicado da pasta foi enviado após o jornal O Estado de S. Paulo publicar reportagem, baseada em entrevista com Araújo, afirmando que o governo Temer teria abandonado a meta traçada pela presidente afastada Dilma Rousseff de contratar 2 milhões de moradias na terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida até o fim de 2018.

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Além disso, a matéria do jornal afirma que o Ministério das Cidades teria suspendido a terceira etapa do programa, sem permitir novas contratações, para um processo de aprimoramento.

Na nota à imprensa, Araújo disse que “estamos em um momento de transição, em hipótese alguma neste momento falaríamos em uma suspensão do programa Minha Casa, Minha Vida”.

“O que estamos fazendo é sendo cautelosos, avaliando o que nos permite prometer para que não possam ocorrer falsas esperanças”, acrescentou.

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Em sua conta no Facebook, o ministro já tinha negado mais cedo a suspensão do programa habitacional, afirmando que essa informação “não corresponde à realidade”.

A terceira fase do programa foi lançada no fim de março pela presidente Dilma, prevendo recursos totais de 210,6 bilhões de reais para construção de 2 milhões de moradias até 2018. Na ocasião, o governo informou que do total de recursos, 41,2 bilhões de reais seriam do Orçamento da União, 39,7 bilhões em subsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o restante em financiamentos pelo FGTS.

O Minha Casa Minha Vida é um dos programas que mais tem sofrido com cortes de verbas pelo governo, em meio à queda na arrecadação diante da forte recessão econômica. Em fevereiro, os desembolsos com o programa caíram 32 por cento sobre um ano antes, segundo dados do Tesouro, após terem despencado 72 por cento em janeiro na mesma base de comparação.

A notícia sobre a suspensão da terceira fase do programa, tida como importante para ajudar o setor imobiliário pressionava ações de construtoras e incorporadoras na Bovespa.

As ações da MRV, maior do setor especializada no Minha Casa, Minha Vida tinham baixa de 3,7 por cento às 11h09. Na mínima, os papéis da empresa chegaram a cair 7,6 por cento.

Os papéis da Gafisa, que vem recuperando resultados com apoio da unidade voltada para baixa renda Tenda, cediam 3,5 por cento. As ações da Gafisa não integram a carteira teórica do Ibovespa, que subia 0,7 por cento.

(Por Alberto Alerigi Jr.)