Você sabe o quanto paga? Falta de informação atrapalha consumidor na hora das compras

Segundo Idec, variação de preço por litro de um refrigerante da mesma marca, por exemplo, pode chegar a 207%, dependendo da embalagem

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SÃO PAULO – Imagine que você vai ao supermercado para comprar papel higiênico e se depara com pacotes de quatro, oito, 12, 16, 24 e até 30 rolos de 30, 40 ou 50 metros de comprimento. Diante dessa variedade de produtos, muitos consumidores sentem dificuldade de calcular qual deles vale mais a pena comprar. De acordo com um levantamento realizado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), se, além do preço do produto, também fosse indicado o valor correspondente por unidade de medida, seria mais fácil comparar os preços.

Os dados mostram que as maiores diferenças de preços são entre os produtos de mesma marca. Por exemplo, a garrafa de 237 ml de refrigerante foi encontrada por R$ 0,99, ou seja, R$ 4,18 por litro de refrigerante, já a embalagem de 3,3 L da mesma marca custa R$ 4,49 – R$ 1,36/L; a variação entre os dois produtos é de 207% e a embalagem maior se mostra mais econômica que a menor.

No entanto, o consumidor precisa avaliar a necessidade antes de se basear somente no preço na hora de comprar algo. Numa casa com duas pessoas, por exemplo, não faz sentido comprar um refrigerante de 3,3 L, mesmo que ele seja mais barato, pois a dupla dificilmente conseguirá consumir tudo antes de a bebida ficar sem gás.

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Para a economista do Idec e responsável pela pesquisa, Ione Amorim, o valor por litro, metro ou quilograma é importante para o comprador comparar os preços, além de ajudar a evitar confusões, como a de promoções do tipo “leve três, pague dois”. “A informação do preço por unidade de medida contribui para que o consumidor possa fazer escolhas mais precisas”, explica. 

Quando comparam o preço por unidade de medida, os consumidores economizam em média 11% nas compras e passam menos tempo no supermercado, pois não é preciso ficar fazendo contas para saber o que está mais barato, divulgou um estudo feito pela Queensland University of Technology.

Outros países
No Brasil, os únicos estados onde os supermercados divulgam o preço por unidade de medida são o Paraná, o Rio de Janeiro e Santa Catarina, além das cidades de Fortaleza (CE) e Vitória (ES).

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Em relação a outros países, Argentina, Austrália, Chile, Estados Unidos, Nova Zelândia e União Europeia já praticam a divulgação do valor das medidas.