Golpe: Polícia Federal investiga quadrilha responsável por fraudes em contas bancárias

Hackers burlavam mecanismos de segurança dos bancos, o que gerou prejuízos de R$ 10 milhões só nos últimos 9 meses

Weruska Goeking

Publicidade

SÃO PAULO – A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (21) a Operação Código Reverso, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias pela internet, nos estados de Tocantins, São Paulo, Goiás e Pernambuco.

Mais de 100 policiais federais cumpriram 43 mandados judiciais expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal em Palmas, sendo sete mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária, 11 mandados de intimação e 24 mandados de busca e apreensão. Foi determinada ainda a indisponibilidade de bens móveis e imóveis e o bloqueio das contas bancárias dos investigados, inclusive de moedas virtuais.

A investigação, realizada pela Polícia Federal, chegou a um grupo criminoso constituído por hackers com conexões internacionais, inclusive criminosos cibernéticos do leste europeu. O grupo utilizava programas maliciosos para acessar remotamente os computadores das vítimas para realizar diversas transações bancárias eletrônicas fraudulentas como pagamentos, transferências e compras pela internet. Eles burlavam mecanismos de segurança dos bancos, o que gerou prejuízos de R$ 10 milhões só nos últimos 9 meses.

Exclusivo para novos clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Os membros dessa organização apresentam alto padrão de vida e se utilizam, inclusive, de diversas empresas de fachada para movimentar e ocultar os valores obtidos por meio das atividades criminosas, investindo grande parte das vantagens ilícitas em moedas virtuais como a bitcoin, o que configura o crime de lavagem de dinheiro.

Além dos presos, também estão sendo intimadas a prestar esclarecimentos diversas pessoas com participação nas fraudes, inclusive empresários que procuravam os criminosos, com a finalidade de obter vantagem competitiva no mercado e prejudicar a livre concorrência.

Esses empresários recebiam descontos de cerca de 50% para quitar os seus impostos, pagar contas e realizar compras, através de pagamentos feitos pelos criminosos em prejuízo à milhares de contas bancárias de diversas instituições bancárias.

Continua depois da publicidade

A operação, que representa o primeiro passo da operacionalização da renovação do Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e Febraban na repressão das fraudes bancárias eletrônicas, é também resultado do trabalho em conjunto com as equipes de prevenção às fraudes dos bancos Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander.

Os criminosos devem responder pelos crimes de associação criminosa, falsificação de documento público e de uso de documento falso e furto qualificado, além do crime de lavagem de capitais previsto. Somadas, as penas podem chegar a mais de 30 anos de prisão.

Quer fazer seu dinheiro render mais? Saia dos bancos! Clique aqui, abra sua conta na Rico