Selic foi cortada pela metade em 2017; veja como ficaram os juros para o consumidor

O mercado financeiro em geral reduziu as taxas de juros, mas não na mesma proporção da taxa Selic

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Ao longo deste ano foram oito cortes consecutivos na taxa básica de juros que reduziram a Selic de 13,75% ao fim de 2016 para 7% em dezembro, no menor patamar em toda a história.

Diversos fatores contribuíram para essas quedas, como o comportamento da inflação – que permanece bastante favorável -, os indicadores de atividade econômica que apontam para a recuperação gradual da economia e o cenário externo que neste momento viabiliza a procura de economias emergentes.

Do outro lado, o mercado financeiro em geral reduziu as taxas de juros, mas não na mesma proporção da taxa Selic. É importante esclarecer que outros fatores além da Selic interferem no comportamento dos juros, como as taxas de inadimplência, a margem de lucro dos bancos e a carga de impostos sobre as operações financeiras. Todas essas variáveis fazem com que as alterações na Selic sejam mais sentidas no médio e longo prazo.

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A Fundação Procon-SP fez um levantamento sobre o comportamento da taxa de juros para o consumidor ao longo do ano com o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander. Veja:

Cheque especial
O ano iniciou com juros médios de 13,60% e finalizou com uma taxa de 13,41% ao mês, registrando queda de 1,40%. O banco que apresentou a maior taxa média anual de cheque especial foi o Santander, com 15,24% ao mês; a menor taxa média anual foi a do Safra, com 12,60%; uma diferença de 2,64 pontos percentuais, o que representa uma variação de 20,95%.

Na comparação com 2016, o levantamento indica que na taxa média do cheque especial houve um acréscimo de 0,16 pp. A taxa média do cheque especial em 2017 foi de 13,47% ao mês e a de 2016, de 13,31% ao mês.

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Empréstimo pessoal

No empréstimo pessoal, 2017 iniciou com uma taxa média de 6,51% e finalizou com juros de 6,41% ao mês, registrando recuo de 1,54%. O banco que apresentou a maior taxa média anual de empréstimo pessoal foi o Santander, com 8,01% ao mês; a menor taxa média anual foi a da Caixa Econômica Federal, com 5,74%; uma diferença de 2,27 pp, que representa uma variação de 39,55%.

De acordo com análise comparativa das taxas de 2017,a taxa média do empréstimo pessoal neste ano foi de 6,39% ao mês, indicando um decréscimo de 0,19 pp em relação à taxa média de 2016, que era de 6,58% ao mês.

Negociação de dívidas

O Procon-SP orienta que o consumidor que tem dívidas de médio e longo prazo, como financiamentos de carro ou casa, pode buscar a reparação nos contratos, que foram firmados sobre juros maiores. O cenário econômico atual propicia fazer a portabilidade de dívidas.