Educador financeiro dá 3 dicas para se livrar das dívidas usando o FGTS

A maioria dos brasileiros está usando os valores resgatados das contas inativas do FGTS para pagar dívidas em atraso, especialmente do cartão de crédito

Weruska Goeking

Ilustração sobre dívidas

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 SÃO PAULO – O prazo para o pagamento das contas inativas do FGTS entra em sua reta final nesta semana e se encerra na próxima segunda-feira (31). Têm direito ao benefício todos os trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos por justa causa até 31 de dezembro de 2015.

 A maioria dos brasileiros está usando os valores resgatados das contas inativas do FGTS para pagar dívidas em atraso, especialmente do cartão de crédito, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC, com 2.880 pessoas de todo o Brasil.

 Ainda segundo a pesquisa, outros 16% optaram por pagar contas como água, luz e gás; 10% arcaram com o pagamento de empréstimo pessoal e consignado e outros 10% quitaram dívidas com o cartão de lojas.

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 Essa atitude é válida quando for possível quitar a dívida por completo, do contrário é melhor pensar em uma renegociação, de acordo com Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros).

 Veja as dicas do especialista para fazer uma boa negociação e evitar que novas dívidas se acumulem:

 1 – Analise antes de pagar

“Antes de sair pagando, analise todas as suas dívidas. Saiba o total, os juros, os prazos, enfim, reúna todas as informações possíveis. Então priorize para pagamento as de serviços essenciais (como água, luz e aluguel) e sobre as quais incidem mais juros, como cheque especial e cartão de crédito”, orienta Domingos.

 Neste processo, é imprescindível fazer um diagnóstico financeiro, conhecendo todos os ganhos e gastos, para reduzir e até mesmo eliminar despesas. Assim saberá o quanto poderá pagar mensalmente ao renegociar as dívidas.

 2 – Renegocie as dívidas

“Após o diagnóstico financeiro, tente renegociar esses valores com o credor. Só então veja a possibilidade de usar o saldo inativo do FGTS para pagar tudo o que deve. Isso porque se não houver condições de pagar, é melhor nem procurar os credores, e sim organizar a situação primeiro”, explica o educador financeiro.

 Ao olhar para o endividamento, é possível que a pessoa tenha uma “visão míope”, de que a falta de dinheiro é a grande vilã e busque a saída do problema usando rendas extras. “O ideal é que tenha uma visão completa, enxergando a raiz do problema e buscando uma saída definitiva”, afirma.

 3 – Estratégia para sair das dívidas

A solução definitiva do problema se dá pela mudança de hábitos e comportamentos que o levaram a essa situação em primeiro lugar. Afinal, dinheiro extra não deveria ser utilizado para quitar dívidas, o correto é planejar e ter despesas que caibam no orçamento mensal.

 “O ideal é que pague mensalmente o valor renegociado e dê início a estratégia de poupar dinheiro. O hábito de poupar é algo que deverá levar consigo por toda a vida, deixando de ser endividado e inadimplente e se tornando alguém educado financeiramente, que se planeja para conquistar seus sonhos”, orienta Domingos.