Saiba como quitar as dívidas sem recorrer ao empréstimo bancário

Muitas vezes, o consumidor não sabe ao certo quanto pagará de juros e acaba caindo na inadimplência por não conseguir honrar com seus pagamentos

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Nunca foi tão fácil tomar empréstimo no Brasil. Com o mercado de crédito a todo vapor, o que não faltam na TV, outdoors, revistas e em jornais são bancos com promoções “imperdíveis” de juros para crédito de pessoa física e jurídica.

Apesar de ser uma opção, o crédito bancário precisa ser bem estudado antes de fechar contrato. Muitas vezes, o consumidor não sabe ao certo quanto pagará de juros e acaba caindo na inadimplência por não conseguir honrar com seus pagamentos. De acordo com o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), o número de dívidas em atraso aumentou em todas as regiões do País em setembro. Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, um dos principais fatores que explicam a alta da inadimplência “são as taxas de juros em patamares elevados.”

Para aqueles que têm uma dívida e não querem recorrer ao empréstimo bancário, há algumas alternativas. O consultor financeiro e CEO do site de serviços financeiros MoneyGuru, Stanlei Bellan, para conseguir equilibrar o orçamento é necessário, primeiramente, descartar um dos objetos para quitar todas as outras prestações. “É um remédio amargo, mas é a melhor maneira de sair do vermelho. Dê sempre prioridade de corte às prestações com os maiores juros e controle essa situação antes que os problemas fiquem maiores, já que com o nome sujo não é possível solicitar aumento de crédito para quitar os gasto”, explica.

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Outra sugestão é tentar consolidar uma dívida. “Já tem um bem próprio como uma casa ou um carro? Refinancie a propriedade e use o dinheiro para quitar as dívidas”, sugere o CEO. O refinanciamento funciona como um empréstimo pessoal onde a garantia de pagamento é a propriedade oferecida e muitas vezes é a melhor maneira de pegar dinheiro emprestado sem os juros abusivos de umempréstimo padrão. “Enquanto um empréstimo pessoal no banco pode sair por 3,2% ao mês, o refinanciamento chega a 1,5% ao mês”, afirma Stanlei.

Após o refinanciamento, todas as parcelas devem ser reunidas em uma só. “Uma vez as parcelas diminuídas, pagando menos do que o limite do orçamento permite, as finanças ficam mais disciplinadas e o custo de vida se ajusta ao bolso e não o contrário”, diz o consultor financeiro.

A desculpa do “eu ganho pouco” tem que ficar temporariamente de lado e deve-se trabalhar com a verdade: o “eu gasto muito”. “Os gastos, resolvemos no curto prazo, cortando-os. Já os ganhos só serão resolvidos no longo prazo, trabalhando mais e melhor e escolhendo investimentos mais adequados. Uma pessoa só cresce financeiramente se souber usar o dinheiro que recebe”, finaliza Stanlei.