Os bancos com as melhores e piores taxas de financiamento imobiliário

Taxas de juros variam de 0,50% a 1,47% ao mês; veja como fazer o melhor negócio

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Realizar o sonho da casa própria nem sempre é possível ser à vista. É neste cenário que o financiamento imobiliário ganha força em todo o País. Segundo dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), o volume de empréstimos para aquisição de imóveis somou R$ 10,4 bilhões em julho, crescimento de 4,3% em relação ao ano anterior e 14,1% ante o mês anterior, junho.

Para estimular o mercado de crédito, o governo também tem anunciado uma série de medidas que facilitam o financiamento de imóveis e carros. Um deles é concentrar as informações em apenas um cartório, para facilitar o processo de registro de imóveis, diminuindo assim os custos, tempo de processo e compra, além de reduzir riscos. A mudança também permite o comprador dar um imóvel quitado como garantia para adquirir o empréstimo habitacional com juros menores.

Recorrer ao financiamento imobiliário, no entanto, também requer alguns cuidados, principalmente, na escolha do banco – para que as taxas de juros não corroam o seu bolso a cada mês. Para isso, pesquisar as melhores taxas de juros de financiamento de imóvel é fundamental.

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Nesta modalidade, os juros podem ser cobrados de duas maneiras: linhas pré-fixadas (que têm juros acordados no ato da contratação e permanecem as mesmas até o fim do financiamento) e as linhas pós-fixadas (com taxas de juros prefixadas e corrigidas pela variação da Taxa Referencial, que poderá ser maior ou menor que a taxa básica de juros, a Selic). 

O problema na busca é a quantidade de dados disponíveis a respeito. Os bancos podem ter taxas menores ou maiores dependendo do tipo de cliente que busca o crédito. A Caixa Econômica Federal é um exemplo caro disso. Embora ela não esteja bem colocada no ranking médio divulgado pelo Banco Central, ela é a instituição com algumas das menores taxas, disponíveis para alguns clientes, como pessoas beneficiadas pelo Minha Casa, Minha Vida e clientes de baixa renda. 

O crescimento da inadimplência e a necessidade de apertar os cintos, porém, dificulta para que alguns desses clientes tenham seus financiamentos concedidos – o que eleva a taxa média da Caixa. Veja abaixo os principais bancos que oferecem taxas de juros pré e pós-fixadas de financiamento imobiliário, segundo dados do Banco Central, que mostram a média dos financiamentos concedidos do Brasil:

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Financiamento imobiliário com taxas reguladas (pré-fixado)
Instituição Taxa % a.m. Taxa % a.a.
*Fonte: Banco Central
Período: julho/2014
Banco Citibank 0,64 8,02
Banco Santander 0,86 10,79
Caixa Econômica Federal 0,91 11,48
Banco do Brasil 0,96 12,18
Financiamento imobiliário com taxas de mercado (pré-fixado)
Instituição Taxa % a.m. Taxa % a.a.
*Fonte: Banco Central
Período: julho/2014
Banco Citibank 0,66 8,21
CH Piratini – CHP 0,91 11,43
Banco Santander 1,26 16,23
HSBC 1,35 17,43
Banco do Brasil 1,40 18,16
Financiamento imobiliário com taxas reguladas (pós-fixado referenciado pela TR)
Instituição Taxa % a.m. Taxa % a.a.
*Fonte: Banco Central
Período: julho/2014
Banco do Brasil 0,50 6,16
Caixa Econômica Federal 0,61 7,58
HSBC 0,69 8,54
Banco Santander 0,69 8,16
Banco Bradesco 0,70 8,72
Itaú Unibanco 0,77 9,64
Financiamento imobiliário com taxas de mercado (pós-fixado referenciado pela TR)
Instituição Taxa % a.m. Taxa % a.a.
*Fonte: Banco Central
Período: julho/2014
Banco Santander 0,70 8,71
Banco Bradesco 0,73 9,08
Itaú Unibanco 0,76 9,45
Banco do Brasil 1,22 15,61
Banco BMG 1,29 16,67
Caixa Econômica Federal 1,47 19,15

Os cuidados e requisitos para o financiamento imobiliário
O diretor da consultoria imobiliária Qualiti Imóveis, Fabiano Neaime, aconselha preparar os documentos com antecedência para ganhar tempo quando achar o imóvel. Se for assalariado, os documentos necessários para fechar o negócio são RG, original e cópia, CPF, original e cópia, comprovante de estado civil, original e cópia, e comprovante de renda (holerite), original e cópia. 

Caso seja autônomo ou profissional liberal é necessário comprovar renda por meio do contrato de prestação de serviços, declaração do Imposto de Renda, declaração do sindicato da categoria, registro de recebimento por trabalhos prestados ou uma Declaração Comprobatória de Recepção de Rendimentos (Decore), feita por um contador.

Segundo Neaime, é preciso tomar cuidado na hora de fazer simulações pela internet, uma vez que nem sempre a aprovação na internet condiz com a realidade. “Já vi casos de pessoas que seriam aprovadas na simulação, mas quando pediram crédito ele foi negado pelo banco”, disse.

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O diretor explica que, normalmente, o crédito é aprovado quando o valor financiado ocupa cerca de 30% da renda do comprador – um problema se ele for autônomo e não declarar sua renda à Receita. “A pessoa pode comprovar com extratos bancários e imposto de renda. Hoje também é possível fazer composição de renda, com seu conjugue ou irmão, para aprovar o financiamento”, conclui Fabiano.