5 moedas criadas especialmente para celebrar as Copas do Mundo; veja fotos

As séries de moedas em homenagem ao torneio começaram no final da década de 1970, na Copa da Argentina e se mantêm até hoje

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – De quatro em quatro anos, a Copa do Mundo reforça tradições que ultrapassam os gramados. Além das mascotes e dos álbuns de figurinhas com os jogadores, as moedas comemorativas chamam a atenção de torcedores e colecionadores.

As séries de moedas em homenagem ao torneio começaram no final da década de 1970, na Copa da Argentina e se mantêm até hoje. No Museu de Valores do Banco Central do Brasil é possível ver peças que foram lançadas especialmente para os Mundiais. Confira as características de algumas delas:

Copa da Argentina – 1978
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Marcada por polêmicas fora dos campos, a edição foi uma das mais tensas da história recente do torneio. A Argentina enfrentava uma ditadura militar, e a população foi para as ruas antes dos jogos para protestar contra o evento e pedir que a sede da competição fosse alterada. Apesar das queixas e dos boicotes, o presidente da Fifa na época, João Havelange, optou por manter a realização da Copa no país sul-americano. 

Um dos momentos mais controversos foi a partida entre Argentina e Peru na segunda fase do torneio. O país sede precisava de uma vitória de, no mínimo, quatro gols de diferença sobre o adversário para avançar à final e eliminar o Brasil, com quem estava empatado no número de pontos. O jogo terminou com a vitória da Argentina por 6×0, placar que levantou a suspeita de que o resultado foi comprado pela Argentina. A seleção argentina foi a grande campeã do evento, vencendo em casa seu primeiro título.

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Essa foi a última Copa do Mundo com apenas 16 seleções participantes e a primeira a contar com a emissão especial de moedas pelo país anfitrião. A série era composta por seis moedas de circulação geral com valores entre 20 e 3.000 pesos, emitidas pelo Banco Central da República Argentina. Feitas em cobre, alumínio e níquel traziam imagens de jogadores de futebol, de estádios e da logomarca da Copa de 1978: mãos alçando a bola-símbolo do evento.

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Copa do Mundo dos Estados Unidos – 1994
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A 15ª Copa do Mundo Fifa foi a primeira realizada em território norte-americano. O Brasil venceu a edição, após superar a Itália nos pênaltis, e tornou-se a primeira seleção tetracampeã mundial de futebol. Essa edição foi a que contou com os maiores números de público, batendo todos os recordes anteriores e mantidos até os dias atuais. 

As peças lançadas em homenagem ao evento foram desenhadas por Dean McMullen e modeladas pelo gravador norte-americano Mint T. James Farrell. Foi a primeira vez que a Casa da Moeda dos Estados Unidos usou um desenho comum em moedas comemorativas de diferentes denominações.

As inscrições no verso das peças incluíram a gravação das expressões “Liberty” (Liberdade) com cada letra separada por uma estrela e “In God We Trust” (Em Deus nós confiamos). Já o reverso trazia a denominação dos valores e a logomarca da edição.

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As moedas da Copa do Mundo de 1994 tiveram cota máxima autorizada de cinco milhões de peças, valor muito acima das tiragens das moedas comemorativas lançadas anteriormente. As moedas foram vendidas individualmente e dentro de um conjunto de edição especial. As de edição especial foram vendidas encapsuladas, dentro de um estojo de veludo, e acompanhavam certificado de autenticidade. Parte da renda arrecadada com a venda foi destinada para fomentar bolsas de estudo.

Copa do Mundo da França – 1998
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Há dez anos, a França sediou pela segunda vez uma Copa do Mundo. A edição foi a primeira a contar com 32 seleções participantes: 15 seleções europeias, cinco sul-americanas, cinco africanas, quatro asiáticas e três seleções das Américas Central e do Norte. Dos campeões dos torneios anteriores, apenas o Uruguai não conseguiu se classificar para participar do evento. A França foi a grande campeã da Copa de 1998, após vencer a seleção brasileira por 3×0 na final.

Entre 1996 e 1998, o Banco Central da França lançou duas séries de moedas comemorativas em ouro e prata: a primeira com temas alusivos ao evento – com representações gráficas dos continentes participantes, de jogadores, de bolas e de campos de futebol –, a segunda com imagens referentes aos países ganhadores das edições anteriores da Copa do Mundo Fifa, com representações gráficas de jogadores, bolas e campos de futebol e monumentos representativos de cada país campeão, além das datas dos títulos.

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As duas séries possuíam ainda representações gráficas da logo da Copa de 1998: uma bola de futebol correspondente ao Tricolore desenhado pela Adidas surgindo por detrás do globo terrestre. 

Copa do Mundo do Brasil – 2014
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Quatro anos antes do país sediar o torneio, o Banco Central foi convidado pela Fifa a participar do programa numismático da Copa do Mundo da África do Sul, realizada em 2010. A peça feita em prata tinha valor de face de R$ 5 e apresentava no anverso uma paisagem de savana com um jogador de futebol, em composição com o mapa do continente africano, com destaque para a África do Sul. O reverso destacava a imagem de dois jogadores em movimento com a bola, tendo ao fundo versão estilizada da bandeira do Brasil. 

Para a Copa do Mundo de 2014, a segunda realizada no Brasil, o Banco Central lançou nove moedas comemorativas – uma de ouro, duas de prata e seis de cuproníquel. A moeda de ouro tinha valor de face de R$ 10, mas foi vendida por R$ 1.180. O anverso trazia a taça e o reverso trazia uma bola na rede. A tiragem máxima foi de cinco mil moedas.

Os dois modelos de prata tinham valor de R$ 5 e foram vendidos por R$ 190. As imagens cunhadas nas moedas homenageiam as cidades-sede dos jogos e também o mascote da edição, o Fuleco. Foram disponibilizadas 20 mil peças. Já os modelos em cuproníquel tinham valor de face de R$ 2 e foram vendidos por R$ 30.

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As peças traziam o mapa do Brasil no reverso e no anverso imagens de lances clássicos do futebol: a defesa do goleiro, a matada no peito, a cabeçada, o passe, o drible e o gol. A tiragem máxima foi de 20 mil peças. 

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Copa da Rússia – 2018
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No ano passado, o Banco Central da Rússia lançou quatro moedas de prata em homenagem ao torneio deste ano. As peças têm valor de face de três rublos e trazem imagens de monumentos instalados em algumas das cidades russas que vão sediar partidas nesta edição, como Moscou, Novgorod, Samara e Vladivostok. O reverso traz imagem de um jogador de futebol com uma bola e motivos gráficos típicos do país anfitrião do torneio.

Também foi lançada uma moeda de metal não valioso de 25 rublos, que traz num dos lados a imagem do tradicional troféu da Fifa. Cerca de 24 mil peças de cada uma das quatro moedas comemorativas foi colocada em circulação. A Copa do Mundo da Rússia será realizada entre 14 de junho e 15 de julho, com partidas em 12 estádios localizados em 11 cidades.

No final de maio, o Banco Central da Rússia anunciou o lançamento de uma cédula comemorativa de 100 rublos – o que equivale a cerca de R$ 6. A nota traz, de um lado, uma criança acompanhando uma defesa pelo goleiro Lev Yashin, ícone do futebol russo. No verso há uma bola de futebol simbolizando o globo mundial e os nomes das cidades que sediarão o torneio. 

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De acordo com o Banco Central da Rússia, serão produzidas 20 milhões de cédulas comemorativas, que terão valor monetário e serão distribuídas para todas as regiões do país-sede até o início da competição.

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