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SÃO PAULO – Com o aumento de 0,38% para 6,38% na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos pagamentos em moeda estrangeira feitas com cartão de débito, saques em moeda estrangeira no exterior, compras nos cheques de viagem e carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira, o governo unificou as taxas para transações realizadas no exterior.
Com a medida, não restam muitas alternativas ao consumidor, a não ser incorporar em suas compras o que será pago em impostos, na avaliação do educador e presidente da DSOP Educação Financeira e da Editora DSOP, Reinaldo Domingos. “O fato é que com a medida o governo unificou de forma covarde o valor de todas as transações no exterior e resta aos brasileiros incorporar o imposto em seu planejamento das compras”, afirma.
A recomendação do educador financeiro e fundador da Academia do Dinheiro, Mauro Calil, é que seja feito um equilíbrio entre as três opções mais acessíveis ao mercado na hora de programar a viagem: o cartão de crédito, o cartão pré-pago e o saque em espécie realizado antes de sair do País. O que muda, para ele, é a divisão da quantia a ser utilizada em cada um desses recursos.
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Anteriormente, a recomendação do consultor era de que o consumidor levasse de 10% a 15% em dinheiro vivo, 70% a 80% no pré-pago e estimasse o restante do gasto para compras no cartão de crédito para extremos casos de emergência. Agora, a recomendação é que o valor em dinheiro vivo represente de 20% a 30% do valor em dinheiro, já que a transação é a única que mantém o IOF de 0,38% para os saques em espécie realizados no Brasil. Apesar disso, o consultor recomenda ainda que seja mantida uma maior parte, em torno de 70%, no cartão pré-pago, com o cartão de crédito ainda sendo reservado para casos de extrema emergência.
Para ele, apesar de acrescido 6% de imposto, o pré-pago ainda oferece vantagens por permitir o planejamento financeiro, já que com ele não há risco de extrapolar os limites de gastos estimados durante a viagem. “O valor é planejado anteriormente e garante a controle financeiro durante a viagem”, explica.
Além disso, a recarga do pré-pago garante o fechamento do câmbio, travando o valor no momento na compra. Para ele, outra vantagem que o cartão possui até mesmo sobre o saque em espécie é a proteção contra roubos ou extravio do cartão de crédito. “Não é aconselhável sacar uma grande quantidade de dinheiro pelo risco significantemente maior de roubo ou até mesmo a perda de grandes quantias”, afirma o consultor.
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Cartão de crédito mais competitivo
Apesar de também considerar o uso do cartão pré-pago como uma alternativa interessante para as compras no exterior, Reinaldo Domingos acrescenta que o pagamento com cartão de crédito ganhou competitividade com o aumento do IOF para os pré-pagos. Entre os pontos que favorecem a alternativa estão a possibilidade de postergar o pagamento dos 6,38% junto ao valor da compra para o prazo de fechamento da fatura.
Além disso, oferece vantagens como a disponibilização de benefícios em milhas, que podem ser trocadas por passagens aéreas, darias de hotel e no aluguel de carro e até em compras em lojas específicas. “Sem dúvida, o cartão de crédito passa a ter mais força nas compras no exterior”, afirma Domingos.
Por outro lado, os cuidados devem permanecer redobrados para este tipo de transação e deve ser efetivamente usado pelo consumidor que obedece às orientações financeiras para que o valor-limite estabelecido não seja extrapolado nas compras.
Operação | Vantagens | Desvantagens |
Cartão pré-pago |
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Cartão de crédito |
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Dinheiro em espécie |
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Débito em conta ou saque no exterior |
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