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Dois meses depois de os EUA a colocarem sob uma supervisão mais estrita, a Toyota Motor Corp. realizou um recall global envolvendo mais de um milhão de veículos.
A maior fabricante de veículos do mundo está chamando 1,75 milhão de veículos de volta às oficinas, incluindo 759.000 sedãs Toyota e Lexus, para consertar tubos de combustível que podem vazar e elevar o risco de incêndio. A Toyota recebeu em junho de 2010 o primeiro relato dos EUA de um problema com os carros que ela está reconvocando hoje, disse o porta-voz Dion Corbett.
“Um único relato inicial não é capaz de identificar uma tendência e raramente demanda um recall”, disse Corbett, por e-mail. “Quando vemos o que pode ser uma tendência e investigamos o problema, e quando acreditamos que há um defeito relacionado à segurança, nós iniciamos um recall”.
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As fabricantes de veículos estão sob uma pressão cada vez maior para acelerar os processos de recall e justificar o atraso entre ser informada de potenciais falhas e chamar os carros de volta às oficinas para reparos. O controle foi intensificado depois que a General Motors Co. levou mais de uma década para começar a substituir uma chave de ignição fatal em alguns dos recordes 30 milhões de carros e caminhonetes que a empresa reconvocou na América do Norte neste ano.
“As fabricantes de veículos mudaram sua atitude e estão realizando o recall de qualquer forma sempre que o problema se dá em vários veículos”, disse Koji Endo, analista automotivo da Advanced Research Japan em Tóquio, por telefone. “Só para ter certeza”.
A Toyota disse que não foi informada de incêndios, batidas, ferimentos ou mortes causadas pelas falhas nos veículos que fazem parte do recall.
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Relatos iniciais
O recall de hoje da Toyota envolve outros dois defeitos. A empresa recebeu seus primeiros relatos em julho de 2011, no Japão, de vazamentos de fluido de freio que podem levar a um desempenho reduzido. A outra campanha de segurança, que também envolve um reparo nos sistemas de combustível, veio após um relato inicial proveniente do Japão, em janeiro de 2013.
O recall de hoje é a primeira grande campanha global da Toyota desde que David Kelley, associado da Cahill Gordon Reindel LLP em Nova York e ex-promotor dos EUA, foi nomeado pelo Departamento de Justiça dos EUA em agosto para supervisionar os procedimentos de segurança da fabricante de veículos.
Kelley analisará as políticas da Toyota e verificará a exatidão de seus comunicados públicos por três anos como parte do acordo de US$ 1,2 bilhão da fabricante relacionado à gestão dos mais de 10 milhões de veículos reconvocados em 2009 e 2010 por problemas que causavam uma aceleração não intencional.
A Toyota chamou às oficinas cerca de 5,3 milhões de veículos no mercado americano neste ano, segundo seu site. A contagem total dos veículos em recall globalmente não estava disponível imediatamente, disse Corbett.
‘Lições aprendidas’
“Com as lições aprendidas com os recalls passados na América do Norte, a Toyota continua mostrando uma atitude de realizar um recall de forma proativa e ter tudo sob controle antes que aconteçam acidentes sérios”, disse Takashi Aoki, gerente de fundo da Mizuho Asset Management Co. em Tóquio. “Eu não acredito que esse recall prejudicaria a imagem da marca ou que faria com que suas ações caíssem, porque não há feridos ou mortos, nem acidentes”.
No Japão, na China e em outros mercados da Ásia, a Toyota disse hoje que está reconvocando cerca de 802.000 modelos Crown, Crown Majesta, Noah e Voxy produzidos entre junho de 2007 e junho de 2012. A empresa substituirá um vedante de borracha no sistema de freios que poderia se romper e causar um vazamento de fluido, levando a um desempenho menor.
A Toyota também realizou recalls de cerca de 190.000 carros Rumion e Auris no Japão para substituir unidades de controle de emissões que poderiam levar a vazamentos de combustível e a um risco maior de incêndio.