Carros: compra de modelo seminovo pode ser ótimo negócio

Economia varia de acordo com o modelo, e diferença pode ser usada na manutenção do carro ou troca futura por outro modelo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O automóvel zero quilômetro ainda é caro para o orçamento do brasileiro, e muitas vezes o consumidor acaba optando pelo veículo de segunda mão. E não há nada de errado nisto. É desta forma que a maioria consegue chegar à compra de um zero quilômetro.

Apesar do forte apelo da publicidade e condições especiais de financiamento para os carros novos, existem consumidores que não se importam de comprar um seminovo, com idade entre um e quatro anos. Essa categoria de automóveis consegue conquistar um grande público com uma grande vantagem adicional: o preço.

Depois de rodar um ano, um carro nacional se desvaloriza entre 10 e 15%, sendo que o percentual varia de acordo com o modelo do carro. Em geral, os carros menores, que contam com um público consumidor mais amplo, e, portanto, são mais fáceis de vender, tendem a perder menos valor do que os carros de maior porte.

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Também contribui para isso o fato de que as pessoas que compram carros de maior valor agregado possuem um poder aquisitivo mais elevado, de forma que preferem comprar um carro zero km que um seminovo. Assim, a perda de valor no primeiro ano pode chegar a 20% no caso de automóveis importados de luxo.

Aplicando a diferença

Diante da diferença de preço, a compra de um veículo seminovo, com pouca quilometragem, pode ser um excelente negócio.

O dinheiro economizado pode ser aplicado de forma a juntar recursos suficientes para a compra, no futuro, de um carro mais novo, ou de maior porte. Alternativamente, esses recursos também podem ser usados para a manutenção dos gastos com o veículo, como pagamento de impostos, despesas com combustível etc.

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Outra vantagem de se comprar um usado é a possibilidade de ter um carro mais equipado. Assim, no lugar de comprar um modelo novo sem qualquer opcional, é possível, pelo mesmo valor, comprar um seminovo com direção hidráulica, travas e vidros elétricos, por exemplo. Carros com baixa quilometragem e que tenham pertencido apenas a um único dono são os mais recomendados.

Cuidados ao comprar um usado

Apesar do preço mais baixo do automóvel seminovo, os cuidados na escolha precisam ser redobrados para que você não caia em truques e armadilhas de vendedores.

Examine a parte externa do carro em locais abertos e bem iluminados. Ambientes internos e falta de luz podem esconder vários defeitos na pintura e possíveis batidas. Não esqueça de se atentar às portas e ao capô. Se houver dificuldades para fechá-los é sinal de que o carro foi batido.

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Não é difícil perceber sinais de ferrugem. Veja se não existem bolhas na pintura; se houver, quer dizer que essa parte está enferrujada. No que diz respeito aos pneus verifique se eles estão desgastados ou perderam a aderência, já que os originais podem ter sido trocados pelos antigos.

Com o capô aberto, preste atenção ao número do chassis e compare com o número dos documentos para ter certeza de que o automóvel não é roubado. O ruído do motor também pode denunciar vários problemas do veículo. Se você não se sente seguro para examinar essa parte, peça ajuda a um mecânico.

Não se esqueça de fazer um test drive com o carro, prestando atenção ao barulho dos freios, ao alinhamento e aos amortecedores. Faça um exame geral nos comandos do painel, como pára-brisas, faróis, pisca-alerta, setas, desembaçadores etc. Os itens obrigatórios também não podem faltar, como macaco, triângulo, estepe, chave de roda, extintor de incêndio e cintos de segurança no banco traseiro.

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Proteção do CDC é limitada

Vale lembrar ainda que o Código de Defesa do Consumidor assegura que, em caso de defeitos do veículo, você poderá reclamar em um prazo de até 90 dias, sendo que o vendedor tem 30 dias para solucionar o problema.

Contudo, este direito só existe quanto a compra é feita em uma concessionária ou loja de veículos. Por esta razão, comprar um veículo de outra pessoa física exige ainda um cuidado maior, pois por não ser caracterizado fornecedor, a pessoa que lhe vendeu poderá se eximir de culpa por qualquer problema que surgir após a compra.