Brasil não pode ficar refém de qualquer categoria profissional, diz ministro do STF sobre greve

"Os danos ao interesse público que resultam desses atos de paralisação são extremamente graves e, portanto, não podem ser admitidos", afirmou Celso de Mello

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Mesmo com o acordo fechado na noite da última quinta-feira (24) com o governo, a greve dos caminhoneiros caminha para seu quinta dia consecutivo, com bloqueios de estradas e crise no abastecimento do comércio. Preocupado com os impactos sobre a população, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Celso de Mello, criticou a manutenção da paralisação e disse que o não pode “tornar-se refém de qualquer categoria profissional”.

“Os danos ao interesse público que resultam desses atos de paralisação são extremamente graves e, portanto, não podem ser admitidos. Em síntese, é isso o que eu penso dessa séria situação em que se envolve o País”, afirmou o ministro em entrevista ao Estadão nesta sexta-feira (25).

Como ministro da suprema corte, Celso de Mello fez questão de lembrar da lei e citou o artigo 253 do Código de Trânsito Brasileiro, que pune como infração gravíssima o ato de usar qualquer veículo para interromper, restringir ou perturbar a circulação rodoviária deliberadamente: “ninguém pode, a pretexto de satisfazer ou de reivindicar pretensão, ainda que legítima, valer-se de meios que se mostram proibidos pela legislação da República (…) Isso é inadmissível”, ressaltou o ministro.

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Uso das Forças Armadas

Após a paralisação de caminhoneiros continuar mesmo com o governo anunciando um acordo para suspender a greve, o presidente Michel Temer acionou as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e também solicitou aos governadores que façam o mesmo. “Vamos implantar um plano de segurança para enfrentar o desabastecimento”, disse.

“Atendemos 12 solicitações dos caminhoneiros, que se comprometeram a encerrar a paralisação imediatamente”, explicou o presidente ressaltando que uma “minoria radical” não quis cumprir o acordo. “Quem bloqueia estradas, quem age de maneira radical está prejudicando a população e, saliento, será responsabilizado”, ressaltou o presidente.

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