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SÃO PAULO – Mesmo com o acordo fechado na noite da última quinta-feira (24) com o governo, a greve dos caminhoneiros caminha para seu quinta dia consecutivo, com bloqueios de estradas e crise no abastecimento do comércio. Preocupado com os impactos sobre a população, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Celso de Mello, criticou a manutenção da paralisação e disse que o não pode “tornar-se refém de qualquer categoria profissional”.
“Os danos ao interesse público que resultam desses atos de paralisação são extremamente graves e, portanto, não podem ser admitidos. Em síntese, é isso o que eu penso dessa séria situação em que se envolve o País”, afirmou o ministro em entrevista ao Estadão nesta sexta-feira (25).
Como ministro da suprema corte, Celso de Mello fez questão de lembrar da lei e citou o artigo 253 do Código de Trânsito Brasileiro, que pune como infração gravíssima o ato de usar qualquer veículo para interromper, restringir ou perturbar a circulação rodoviária deliberadamente: “ninguém pode, a pretexto de satisfazer ou de reivindicar pretensão, ainda que legítima, valer-se de meios que se mostram proibidos pela legislação da República (…) Isso é inadmissível”, ressaltou o ministro.
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Uso das Forças Armadas
Após a paralisação de caminhoneiros continuar mesmo com o governo anunciando um acordo para suspender a greve, o presidente Michel Temer acionou as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e também solicitou aos governadores que façam o mesmo. “Vamos implantar um plano de segurança para enfrentar o desabastecimento”, disse.
“Atendemos 12 solicitações dos caminhoneiros, que se comprometeram a encerrar a paralisação imediatamente”, explicou o presidente ressaltando que uma “minoria radical” não quis cumprir o acordo. “Quem bloqueia estradas, quem age de maneira radical está prejudicando a população e, saliento, será responsabilizado”, ressaltou o presidente.
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