Convite para estar num eventual governo Marina ou Ciro é “praticamente inviável”, diz Meirelles

Peça-chave nos governos de Lula e Temer, ex-ministro da Fazenda e candidato à presidência do MDB explica por que não acha que Marina Silva e Ciro Gomes terão a mesma "guinada ao centro" que Lula teve nas eleições de 2002

Rodrigo Tolotti

José Cruz/Agência Brasil

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SÃO PAULO – Peça-chave na equipe econômica de dois dos três últimos presidentes da República (primeiro com Lula como presidente do BC, depois com Temer como ministro da Fazenda), Henrique Meirelles diz que é “praticamente inviável” participar de um eventual governo de Ciro Gomes ou Marina Silva, os candidatos presidenciáveis mais competitivos da esquerda. A declaração foi feita na rodada de perguntas e respostas durante o 11º Congresso Value Investing Brasil, realizado na zona sul de São Paulo.

Meirelles explica que quando aceitou o convite para fazer parte do governo Lula, o candidato petista já havia perdido três eleições, o que o fez mudar completamente sua proposta econômica, fato que ficou evidente com a publicação da “Carta aos Brasileiros”. Ele não acredita que Marina ou Ciro assumam essa ‘’guinada ao centro’’ no momento atual. “A política está muito radicalizada, não tem mais essa proximidade da esquerda com o centro como vimos em 2002 com o ‘Lulinha paz e amor’, diz o ex-ministro da Fazenda, remetendo ao slogan da campanha do ex-presidente.

Já a união com Temer é facilmente explicada pois as propostas apresentadas no projeto “Ponte para o Futuro”, lançada durante a fase de transição dos governos, são exatamente as propostas defendidas por Meirelles agora como candidato à presidência. “´Esta é uma agenda totalmente liberal, e eles [Ciro e Marina] não defendem essa agenda. Por isso eu acho que é um convite praticamente inviável”, responde Meirelles.

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Durante o evento, o ex-ministro da Fazenda explicou por que acredita que o Brasil está no início de um ciclo de crescimento de longo prazo e de baixa volatilidade e apontou os dois motivos pelos quais acredita que tem grandes chances de ganhar as eleições, mesmo estando com cerca de 1% das intenções de voto nas pesquisas (veja a apresentação completa clicando aqui).

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.