Aliança de centro é o caminho para evitar um “desastre” na eleição, afirma Doria

De acordo com o ex-prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin precisa de apoio de outros partidos do centro

Bloomberg

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(Bloomberg) — O ex-prefeito de São Paulo e candidato ao governo do estado pelo PSDB, João Doria, acredita que Geraldo Alckmin precisa do apoio de uma coligação mais ampla para emplacar na disputa ao Planalto. “Temos que consolidar a candidatura de Alckmin com o apoio de outros partidos”, disse em entrevista à Bloomberg, no escritório em Nova York. “Meu partido é forte, mas não o suficiente para colocá-lo no segundo turno.”

Ele avalia que essa aliança deveria incluir também o MDB de Michel Temer. Doria se diz confortável em defender o legado do governo, apesar dos baixos índices de aprovação do presidente. O governo Temer conseguiu reverter a recessão econômica, disse, e o processo de reformas precisa continuar.

Em pesquisa CNT/MDA divulgada na segunda-feira, Alckmin apareceu com 5,3% das intenções de voto no primeiro turno, num cenário sem o ex-presidente Lula e o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, uma queda em relação aos 8,6% que tinha em março.

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O desempenho de Alckmin preocupa os investidores, pois temem um eventual segundo turno entre Ciro Gomes, que ultrapassou o ex-governador de São Paulo na pesquisa, e Jair Bolsonaro, que lidera no cenário sem Lula.

“Se queremos vencer as eleições, precisamos ser pragmáticos”, disse. “Se não fizermos isso, o segundo turno será entre Ciro Gomes e Bolsonaro.”

Uma aliança entre partidos de centro é o caminho para evitar um “desastre” na eleição, mas o Brasil sobreviverá, não importa quem vença, disse Doria. “Mesmo que tenhamos um desastre com o Bolsonaro, o Brasil sobreviverá. Somos um país forte.”

Privatizações

O candidato ao Palácio dos Bandeirantes disse que vai estudar vender participações na Sabesp e na Cesp se vencer a eleição em outubro. A privatização de empresas de transporte, como aeroportos e rodovias regionais, também seria considerada.

Segundo ele, fundos da China, de países árabes e da Europa estão interessados em investir em ativos do estado.

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