Crise, prejuízo bilionário e greve: isso não impede Correios de patrocinar até squash

De acordo com o Estadão, a justificativa usada pela estatal é de que a modalidade pode ser incluída na Olimpíada de 2024

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os prejuízos são bilionários (em 2017, o prejuízo foi de R$ 2 bilhões), os serviços prestados são alvo de muitas reclamações, mas os Correios conseguem encontrar espaço orçamentário para patrocinar em R$ 700 mil a Confederação Brasileira de Squash, esporte pouco popular no Brasil. As informações são da Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo. 

De acordo com o jornal, a justificativa usada pela estatal é de que a modalidade pode ser incluída na Olimpíada de 2024. Além do squash, os Correios também reservaram R$ 1,9 milhão para financiar até 2019 outra modalidade com poucos adeptos no País, o rugby, justificando que o esporte “propicia a participação de diversos portes físicos”.

Vale destacar que o deputado Fábio Faria (PSD-RN), que ocupa a 12.ª posição no ranking Novo Squash Brasil, “sondou” o presidente dos Correios, Guilherme Campos sobre o patrocínio. Contudo, ele nega ter intermediado a liberação da verba. Já o presidente dos Correios diz que o pedido partiu da Confederação de Squash; segundo ele, o valor do patrocínio é baixo e não vai afetar as contas da estatal. Esta é a primeira vez na história que os Correios patrocinam o squash.

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Crise nos Correios

Vale destacar que, no começo do mês, parte dos funcionários dos Correios entrou em greve. O motivo, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos Similares (Fentec), foi a mudança no plano de saúde dos trabalhadores, que está em julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Com a mudança, pais, filhos e cônjuges seriam retirados do plano. 

Entre outras reivindicações, os trabalhadores apontaram ser contra a terceirização na área de tratamento, a privatização da estatal, a suspensão das férias dos trabalhadores, a extinção do diferencial de mercado e e a redução do salário da área administrativa. “Para piorar a situação, a empresa também anunciou o fechamento de mais de 2.500 agências próprias por todo o Brasil”, diz o comunicado.

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“Os correios estão em uma situação muito difícil. Eu sei que é muito difícil cortar direitos dos trabalhadores, mais triste é você fechar uma empresa porque ela está insolvente”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, na época da greve. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.