Quem é o preferido pelo mercado para substituir Henrique Meirelles na Fazenda?

Possível saída de ministro põe Eduardo Guardia e Dyogo Oliveira em disputa pela sucessão, mas agentes econômicos já têm um preferido

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A possibilidade de Henrique Meirelles lançar-se na disputa presidencial de outubro gerou uma disputa antecipada por sua sucessão no comando do Ministério da Fazenda e muitas especulações no mercado. Isso porque, pela legislação eleitoral, para estar apto a participar do pleito como candidato, o economista precisa deixar o cargo que hoje ocupa até o começo de abril.

Com isso, dois nomes ganharam força nos balcões de apostas: de um lado, aparece o secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, atual número dois na pasta; do outro, o ministro do Orçamento, Planejamento e Gestão, Dyogo Oliveira.

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Embora a principal agenda econômica do governo para o ano, a reforma da Previdência, tenha sido suspensa, ainda há pautas importantes de interesse do mercado em discussão (caso da reoneração da folha de pagamento, da privatização da Eletrobras ou a própria simplificação tributária).

Além disso, o ano eleitoral sempre traz riscos de aprovação de medidas de apelo social mas impactos negativos sobre as contas públicas. No momento em que a reforma previdenciária acaba de naufragar, a aprovação de pautas-bombas poderia ter efeitos ainda mais danosos ao país, sobretudo na perspectiva do investidor estrangeiro e das agências de classificação de risco. Nesse sentido, para o mercado é crucial ter um nome “confiável” no comando da Fazenda, capaz de comprar brigas necessárias e dizer “não” quando preciso for.

O nome de Guardia larga na frente da preferência dos agentes econômicos. Conhecido pelo perfil técnico, pela competência técnica e pelo alinhamento às avaliações do mercado, ele é tido como o nome preferido da Faria Lima. Para agentes do mercado, o mínimo de alterações na atual estrutura sob comando da Fazenda é a melhor escolha. Número dois na pasta, Guardia poderia oferecer tranquilidade em momentos de turbulências da reta final do governo e ainda tentar contribuir no avanço de agenda microeconômica de importantes efeitos a médio e longo prazos. Com ele, o mercado sabe que a chance de a linha de Meirelles se manter é maior.

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Do outro lado, conforme apontou o Estadão/Broadcast, não foi positiva a repercussão do mercado à possibilidade de Dyogo Oliveira assumir o comando da pasta. O atual ministro do Orçamento tem a seu favor o apoio do líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), boa interlocução com lideranças no Congresso, além de experiências na própria pasta da Fazenda.

Contudo, Oliveira conta também com a simpatia do próprio presidente Michel Temer, sobretudo em função da liberação de recursos das contas inativas do FGTS, uma proposta que nasceu no Planejamento. Mesmo assim, a pressão do mercado pode falar mais alto neste momento, como já indicaram auxiliares do próprio emedebista. Ainda assim, enquanto as próximas movimentações de Meirelles não acontecem, a ordem é aguardar.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.