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SÃO PAULO – Como já foi comunicado pelo próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após o adiamento da votação da reforma da previdência, ele tem passado parte dos últimos dias falando com as agências de rating de forma a evitar um rebaixamento da nota soberana brasileira. Na semana passada, Moody’s e Fitch Ratings fizeram alertas sobre uma nova queda do rating nacional, em meio às chances ainda menores de se aprovar a previdência com a votação passando de dezembro deste ano para fevereiro de 2018.
Contudo, informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o ministro sentiu que o adiamento da votação da reforma da Previdência acabou com qualquer expectativa de que a proposta seja aprovada em 2018, primeiro motivo de pessimismo para o mercado. Assim, os olhos dos analistas se voltaram aos perdões de dívidas e isenções aprovados pelo Congresso nas últimas semanas, o segundo motivo de pessimismo, levando ao “pior dos mundos”. Isso porque há preocupação de que o “pacote de bondades” afete a arrecadação do governo, o que contribuiria para a imagem de uma economia mais frágil. Assim, não haveria reforma da previdência e o fiscal estaria ameaçado.
Neste sentido, o mesmo jornal aponta que, com a votação adiada, pacote de bondades anunciado pelo Congresso nas últimas semanas seja esvaziado. Segundo a Folha, medidas negociadas em troca de apoio deverão sofrer alterações, como a liberação de verba a municípios, o projeto que permite o parcelamento de dívidas (Refis) de micro e pequenas empresas e o que dá aval a União, Estados e municípios para venderem ao setor privado o direito sobre créditos parcelados, a chamada securitização. A avaliação de integrantes do Ministério da Fazenda é que, sem a reforma, o governo não terá dinheiro para cumprir compromissos e manter a meta fiscal do ano que vem, fixada em um deficit de R$ 159 bilhões e prefeitos e deputados devem ser os primeiros prejudicados.
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Além da preocupação com o adiamento da reforma e com o pacote de bondades, em terceiro lugar, a dificuldade do governo na articulação da base também fez com que os analistas duvidassem em viabilizar uma candidatura de centro, com as apostas centradas em cenários que projetam a disputa pela Presidência entre Lula (PT), Jair Bolsonaro (PSC) e Marina Silva (Rede). Contudo, o governo trabalha para reverter esse clima de desconfiança e já pediu aos parlamentares para que o recesso seja encurtado, intensificando as articulações para a reforma a partir do dia 15 de janeiro, informa a publicação.
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