Qual será o papel de Michel Temer nas eleições de 2018?

O programa Conexão Brasília é transmitido às sextas-feiras, a partir das 14h45; assista

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O presidente Michel Temer começou a fazer as sinalizações necessárias para o que deverá ser a última tentativa de seu governo em aprovar alguma reforma previdenciária no parlamento antes do fim do mandato. A ideia seria concluir a tramitação de uma versão mais enxuta da proposta de emenda constitucional na Câmara dos Deputados e retomar a pauta nos primeiros meses do ano que vem no Senado Federal. No horizonte, consta entre os objetivos do peemedebista a busca por maior poder de influenciar nas eleições que definirão seu sucessor em 2018.

Com uma ajuda do aliado Aécio Neves, o presidente deu início às movimentações por uma reforma ministerial, a fim de recompensar as bancadas que ajudaram a derrubar as duas denúncias apresentadas pela PGR. A maior proporcionalidade na distribuição de cargos no primeiro escalão em relação à fidelidade partidária no Legislativo tem como objetivo garantir maior apoio ao governo em uma agenda de difícil aprovação, sobretudo com a aproximação do calendário eleitoral. A estratégia de Temer seria maximizar os resultados com o menor número possível de movimentações, evitando novos desconfortos na base aliada e mantendo na manga o poder que a repartição da Esplanada oferece. No mesmo sentido, ocorre uma espécie de transferência de responsabilidades para o Legislativo e o próprio Ministério da Fazenda, cujo comandante, Henrique Meirelles (PSD), é um dos nomes cotados para representar o governismo nas eleições presidenciais.

Mas o desempenho da economia será suficiente para impulsionar o nome de Meirelles, ainda alvo de um elevado índice de rejeição, na disputa? Teria o ministro da Fazenda condições de reeditar a história exitosa do Plano Real, que alçou Fernando Henrique Cardoso a oito anos no comando do País? Em meio a tal cenário nebuloso, os crescentes atritos no ninho tucano lançam mais dúvidas sobre qual será o papel do PSDB nas próximas eleições. O partido conseguirá construir alguma unidade para manter o protagonismo que teve nas últimas disputas presidenciais?

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Para tentar responder estes e outros questionamentos, o programa Conexão Brasília desta sexta-feira (17) recebeu Carlos Eduardo Borenstein, da consultoria Arko Advice. Assista a íntegra do bate-papo pelo vídeo abaixo:

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.