Em novo aceno ao mercado, Bolsonaro defende independência do Banco Central

Em postagem, assinada em conjunto com o economista Abraham Weintraub e o advogado Arthur Bragança Weintraub, o parlamentar defende a importância do chamado "tripé macroeconômico"

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Pré-candidato à presidência e segundo colocado na maioria dos cenários avaliados pelos institutos de pesquisa, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) fez uma postagem em seu perfil nas redes sociais defendendo a independência do Banco Central. A iniciativa foi entendida como um novo aceno do parlamentar em direção aos agentes econômicos e ao centro do espectro político. No texto, o deputado diz que a independência da autoridade monetária oferece autonomia aos profissionais responsáveis “para garantir à sociedade que nunca mais presidentes populistas ou demagogos colocarão a estabilidade do país em risco para perseguir um resultado político de curto prazo”.

Na postagem, assinada em conjunto com o economista Abraham Weintraub e o advogado Arthur Bragança Weintraub, o parlamentar defende a importância do chamado “tripé macroeconômico” (composto por meta fiscal, meta de inflação e câmbio flutuante). A iniciativa ocorre após Bolsonaro protagonizar vídeo que viralizou na internet, em que é questionado pela apresentadora Mariana Godoy, da RedeTV!, sobre o tema e diz que quem falará por ele será sua “equipe econômica no futuro”. Na passagem, o parlamentar reconhece ainda não ter muito conhecimento em economia.

Em linha com sua estratégia de ocupar o espaço anti-petista do eleitorado, o pré-candidato aproveita o texto para fazer duros ataques aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. “No tripé macroeconômico (taxa de câmbio flutuante, metas de inflação e superávits primários), o Banco Central é responsável por dois dos três pilares. Com sua independência, tendo mandatos atrelados a metas/métricas claras e bem definidas pelo Legislativo, profissionais terão autonomia para garantir à sociedade que nunca mais presidentes populistas ou demagogos colocarão a estabilidade do país em risco para perseguir um resultado político de curto prazo. O exemplo recente é a desastrosa condução da inflação sob o mandato de Dilma Rousseff. Como se não bastasse, ainda havia a discussão de como gastar as reservas internacionais para, sob a orientação dos “sábios” conselheiros do PT, estimular a politica ‘desenvolvimentista’. O impeachment evitou que quebrassem completamente o Brasil!”, diz o texto.

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Confira a íntegra da postagem:

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.