Com “extremo amargor”, Lula foi abalado de forma inédita por Palocci, dizem amigos do petista

Informações são da coluna de Mônica Bergamo, da Folha; até Palocci falar, Lula teria relevado as  informações que outros delatores davam contra ele em processos

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Delação e uma dura carta com críticas bastante contundentes. Estas duas ações do ex-ministro Antonio Palocci abalaram de uma forma inédita Lula, segundo informa a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, citando amigos do ex-presidente. Até então, Lula relevava as informações que outros delatores davam contra ele em processos.

De acordo com pessoas que convivem de forma intensa com Lula, ele sempre dizia entender delatores como Léo Pinheiro, da OAS, e Marcelo Odebrecht: presos por muito tempo, eles não teriam alternativa a não ser falar de Lula nos acordos com a Justiça. No caso de Palocci, contudo, o sentimento é de  “extremo amargor”, pela virulência dos ataques. 

“O ex-ministro não apenas enfiou a faca mas forçou até o fundo e ainda deu voltas com ela nas vísceras de Lula”, afirmou um dos amigos do ex-presidente, segundo a colunista.

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Em sua carta de desfiliação do PT, Palocci que acusa Lula de “sucumbir ao pior da política”, entre outros ataques ao ex-presidente. No documento de quatro páginas, Palocci, que negocia acordo de delação premiado com o Ministério Público Federal, reiterou as acusações feitas em depoimento ao juiz Sérgio Moro no dia 13 deste mês e ainda sugere que o PT firme um acordo de leniência “reconhecendo as graves falhas e enfrentando a verdade”.

No documento, o ex-ministro pergunta ainda até quando os correligionários acreditarão “na autoproclamação do ‘homem mais honesto do país’ enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos e até o prédio do Instituto Lula são atribuído à dona Marisa?”, em referência ao ex-presidente. 

A colunista da Folha também destaca os nomes do PT para a candidatura à presidência caso Lula não possa concorrer ano que vem. O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, são as opções. Segundo um dirigente, o ex-prefeito tem 80% das bases e 20% da cúpula a favor de sua eventual candidatura. Com Jaques ocorreria o contrário. Contudo, a palavra final é de Lula, que não deixa o assunto evoluir internamente. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.