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SÃO PAULO – Falta ainda um ano para a eleição de 2018, mas as movimentações para decidir quem são os candidatos do pleito do ano que vem se intensificam cada dia mais. A expectativa é por uma eleição pulverizada, com diversos candidatos, em um pleito que se assemelharia ao de 1989. Porém, se depender do governo Michel Temer, a candidatura da base aliada pode ser única – o que pode gerar ainda mais atritos.
Segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo, a cúpula do governo se movimenta para que a base aliada de Michel Temer tenha um candidato único e que esse nome seja escolhido em conjunto, o que deve esquentar ainda mais a disputa interna do PSDB para definir seu candidato à sucessão presidencial.
O recado é claro, informa o Estadão: a base aliada não ficará restrita ao PSDB à decisão de lançar o governador de São Paulo Geraldo Alckmin ou o prefeito João Doria. A avaliação do Planalto é que, se os tucanos se recusarem a ouvir a opinião dos aliados, “marchará sozinho” na disputa. A ideia é que os nomes da base sejam analisados pelos 11 partidos, que vão desde o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD) ao senador José Serra (PSDB-SP).
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Neste sentido, o jornal Valor Econômico aponta que a eventual candidatura presidencial Meirelles pelo PSD já tem adeptos em outras legendas do Centrão (PP e PR) e em alas influentes do próprio PMDB. “O movimento de Meirelles, ainda cauteloso, pode ganhar musculatura caso se consolide a trajetória de recuperação da economia, mas com a retomada do emprego”, aponta a publicação.
Esse movimento também ganha apoio discreto do Planalto, onde auxiliares diretos do presidente veem no ministro um nome com chances eleitorais, mas em um cenário bastante peculiar: com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora da corrida e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, referendado pelo PSDB – só que partindo de um dígito nas pesquisas e com alta rejeição. Por outro lado, haveria um obstáculo ao nome de Meirelles: seria justamente a escolha de Doria como candidato do PSDB à Presidência, de acordo com um auxiliar de Temer ouvido pelo Valor. Esse auxiliar do presidente lembra que o nome de Doria agrada aos partidos do Centrão – no caso o próprio PSD de Meirelles, além de PP, PR e PRB, que seguem unidos na campanha.
Aliás, a cúpula do DEM se reuniu com Doria ontem. O prefeito tucano mira diálogo com um partido para o qual, especula-se no meio político, possa se filiar para evitar uma disputa pela candidatura dentro do PSDB contra o governador de São Paulo. Contudo, Doria nega a intenção de sair do partido. Ontem, um pouco antes do jantar promovido pelo prefeito paulistano, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que sua legenda “com certeza” apoiaria a candidatura do prefeito de São Paulo à Presidência e rasgou elogios ao tucano. “Se essa fosse a decisão do PSDB, e se o DEM não tivesse candidato, qual seria a melhor opção que não apoiar Doria?”, disse Maia. Assim, entre os candidatos da base aliada, os nomes de Meirelles e Doria despontam como os favoritos.
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