“Quero ser o presidente do povo brasileiro”, diz Alckmin

Quando questionado se, a cada semana estivesse em um estado diferente do País, seria capaz de fazer uma boa gestão em São Paulo, o tucano preferiu não responder, evitando um conflito mais aberto com Doria

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Em meio à disputa nos bastidores com o prefeito João Doria pelo direito de se candidatar como representante tucano ao cargo de presidente da República nas próximas eleições, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou, nesta quinta-feira (31), que quer “ser o presidente do povo brasileiro” e que será a “política correta” que conseguirá colocar o Brasil nos trilhos. O tucano falou a jornalistas após participar de evento realizado pela empresa de cosméticos Natura, em São Paulo.

“Eu quero ser o presidente do povo brasileiro, do trabalho sacrificado no Brasil, muitas vezes injustiçado”, afirmou o governador. “O que quero deixar claro é que a política, a boa política, a política correta, que não se verga e tem princípios, é o que vai colocar o Brasil no rumo do crescimento, da geração de emprego e de uma sociedade mais justo. O Brasil é um país muito injusto e só a política correta é que conseguirá colocar o Brasil nesse rumo”.

Quando questionado se, a cada semana estivesse em um estado diferente do País, seria capaz de fazer uma boa gestão em São Paulo, o tucano preferiu não responder, evitando um conflito mais aberto com Doria. Nas últimas semanas, o prefeito paulistano intensificou sua agenda em outras regiões do Brasil, o que foi entendido como uma espécie de pré-campanha em busca do fortalecimento de seu nome.

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Na última quarta-feira, a consultoria Eurasia chamou Alckmin de “Hillary Clinton do Brasil”, classificando o tucano como um político associado ao “establishment”. Na avaliação dos analistas, o tucano seria o pior cenário para o Brasil, quando se considera o desejo de reformas pró-mercado.

“É hilária a comparação”, afirmou o tucano. “Se conhecesse um pouquinho o Brasil, saberia que ela teria vencido as eleições aqui, porque teve 3 milhões de votos a mais que o [Donald] Trump. Ela só perdeu porque o modelo americano é diferente. Mas estou acostumado, porque falaram na última eleição que eu não ganharia por causa da crise hídrica e ganhei no primeiro turno, com vitória em 644 dos 645 municípios”.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.