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SÃO PAULO – O governo Michel Temer vem investindo na pauta econômica para escapar do noticiário da crise política, como destaca a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. Conforme aponta a coluna, o governo mergulhará numa “polêmica agenda de ajuste e reestruturação de estatais”.
Após anunciar a proposta de privatização da Eletrobras, o governo vai discutir mudanças no plano de saúde dos Correios, órgão que enfrenta grave crise orçamentária, com a ideia de redistribuir o custeio do benefício. Hoje, os servidores arcam com 5% da despesa e a estatal com o restante. Porém, a proposta é alvo de forte crítica entre os funcionários e deve despertar reações. Enquanto integrantes da direção dos Correios dizem que os gastos com o pagamento de planos de saúde foram responsáveis por um deficit de R$ 300 milhões no ano passado. Já os servidores da estatal acusam a gestão Temer de “sucatear” sua estrutura para poder vendê-la.
Além disso, informa a coluna, o Palácio do Planalto enviou ao ministério do Planejamento uma proposta de PDV (Programa de Desligamento Voluntário) para servidores da EBC, a Empresa Brasil de Comunicação, que cuida, por exemplo, da TV Brasil. Quer estimular cerca de 500 dos 2.500 funcionários a pedir demissão.
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Cabe ressaltar ainda que esta quarta-feira pode levar a mais um avanço no programa de concessões e privatizações, com novos anúncios podendo ser feitos após a reunião do Conselho do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Segundo informou o jornal O Globo na véspera, o governo anuncia nesta quarta-feira uma carteira de 58 projetos que serão incorporados ao PPI para serem colocados à venda ou concedidos ao setor privado.
O governo espera investimentos de pelo menos R$ 44 bilhões, sendo que metade deste valor deverá ingressar nos primeiros cinco anos, segundo o jornal. Os detalhes serão divulgados depois da reunião do conselho do PPI, marcada para quarta-feira. Dois dos principais projetos, caso da privatização da Eletrobras e do aeroporto de Congonhas, foram incluídos na lista recentemente, diante da necessidade do governo em obter receitas para cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 159 bilhões em 2018 .
Além deles, estão na lista a licitação de onze blocos de linhas de transmissão de energia, terminais portuários, rodovias, aeroportos, venda ou extinção de outras empresas públicas, como Casa da Moeda, Companhias Docas do Espírito Santo e do Maranhão, Casemg e CeasaMinas e o início de estudos para a concessão do Parque Olímpico do Rio.
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