Forbes: Rio é um desastre e nunca será a Oslo sul-americana, enquanto Brasil segue uma bagunça

A situação complicada do Brasil, em especial a do Rio de Janeiro, segue sendo destaque nas publicações internacionais

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Na semana passada, o jornal britânico Financial Times havia usado a situação difícil do Rio de Janeiro para representar a “oportunidade” que o Brasil perdeu ao não realizar reformas estruturais em anos de bonança da economia. Nesta semana, foi a vez da Forbes destacar a decepção que aconteceu tanto com o Brasil quanto com o Rio de Janeiro, em coluna do jornalista Kenneth Rapoza. No título da reportagem, ele ainda reforçou uma análise feita por ele algumas vezes de que o Brasil é uma completa bagunça. 

De acordo com ele, antes se apontava que o Rio de Janeiro seria a Oslo da América do Sul, comparando a cidade brasileira a super desenvolvida capital da Noruega. “O Rio de Janeiro não só foi abençoado pelos deuses do bom tempo e das paisagens românticas, mas também foi abençoado pelos deuses do petróleo e isso, eventualmente, significa dinheiro. Muitas e muitas notas de dólares”, destaca a reportagem. 

O governo federal, durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, além de alguns bilionários intrépidos como Eike Batista, tiveram grandes sonhos, afirmam a Forbes, ao apontar que todo esse petróleo de águas profundas transformaria a Petrobras e, finalmente, o Rio em uma “mini-Oslo”. Ou seja, um lugar onde as mentes brilhantes do desenvolvimento do óleo e pré-sal ofereceriam formas acessíveis e seguras para tirar ouro negro do mar. “

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A reportagem ainda destaca os “anos de glória” do Brasil no cenário internacional, quando Lula foi saudado pelo então presidente dos EUA Barack Obama, enquanto o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. 

Aqueles também foram os dias de glória para o Rio mas, agora, estão “tão distantes quanto a Lua”, aponta a Forbes. E a reportagem destaca diversos motivos para isso: “o Rio de Janeiro é basicamente um desastre. Está à beira da falência e requer resgates federais para manter as luzes ligadas e pagar seus funcionários públicos, muitos dos quais tiveram que trabalhar semanas  com atraso no pagamento. O ex-governador do estado, Sergio Cabral, está na prisão”, afirma. Além disso, a Sete Brasil, empresa criada no governo Lula,  que faria plataformas flutuantes para a Petrobras, está falida.

Já o antes bilionário Eike Batista, que construiu navios e teve uma empresa de petróleo com financiamento do BNDES, viu suas empresas começarem a ter sérios problemas. 

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Entre outros problemas do Rio, a Forbes destaca que o Maracanã, um dos ícones da cidade, está em uma bagunça desconcertada, vergonhosa e embaraçosa. Além disso, uma assombrosa onda de crime atravessa a cidade e o governo federal convocou as forças armadas para combater as gangues nas favelas. 

Conforme destaca o colunista, o Rio é a casa da companhia estatal mais importante do Brasil, a Petrobras, ressaltando que a cidade é como um barômetro do que está acontecendo em todo o Brasil.

A Forbes também faz uma ironia e aponta que, em um futuro não tão distante, “o homem que trouxe ao Rio tão boas notícias, Lula poderá estar atrás das grades como o ex-governador fluminense Sergio Cabral”, lembrando da condenação do petista na Operação Lava Jato.

Em meio a todo esse cenário, a Forbes aponta que o futuro do Rio parece triste. “Tão triste como a vida dos políticos presos por negligência e corrupção”, aponta. A Forbes finaliza ressaltando que o “Rio nunca será a Oslo sul-americana. Esqueça isso”. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.