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SÃO PAULO – Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes voltou a carga novamente contra o procurador-geral da República Rodrigo Janot, que deixa o cargo em setembro. De acordo com Mendes, o PGR é desqualificado e sem preparo jurídico nem emocional: “quanto a Janot, eu o considero o procurador-geral mais desqualificado que já passou pela história da procuradoria. Porque ele não tem condições, na verdade não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir algum órgão dessa importância”.
Ele ainda disse crer que o acordo que foi firmado com os executivos da JBS e que levou à denúncia por corrupção contra o presidente Michel Temer, será revisto. “Tenho absoluta certeza de que o será. Como agora a Polícia Federal acaba de pedir a reavaliação do caso do Sérgio Machado, que é um desses casos escandalosos de acordo. Certamente vai ser suscitado em algum processo e será reavaliado”.
Gilmar Mendes ainda reiterou a importância da Lava Jato, mas acrescentou que equívocos podem acontecer. “Não é verdade que eu tenha dito que a Lava Jato deixou de ser importante. Acho os trabalhos extremamente importantes, mas isso não me compromete com eventuais equívoco. Sempre fui uma voz vencida na segunda turma quanto ao aumento das prisões da Lava Jato. Foi eu que votei o habeas [corpus], fui o terceiro voto, de desempate, no caso do Dirceu [José Dirceu]”, justificou.
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Vale destacar que, nNo fim de semana, Mendes já havia criticado Janot. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele disse que o STF ficou a reboque da PGR no caso da Lava Jato e desejou ao procurador-geral “uma boa viagem” ao ser questionado sobre a saída do procurador no mês que vem e como avalia uma nova denúncia contra Temer a ser apresentada pelo procurador.
“Essa coisa se personalizou de tal maneira que a gente só pode desejar ao procurador uma boa viagem. Ele perdeu todas condições de equilíbrio para continuar exercendo o cargo. Infelizmente, o sistema permite isso. Eu tenho criticado o Supremo Tribunal Federal, que ficou a reboque de impulsos do procurador-geral, permitindo a violação da lei de delação e uma série de abusos nessa área. Estamos fazendo uma rediscussão sobre esse tema. Certamente, o Tribunal vai acertar o passo. Acho que haverá o restabelecimento da normalidade na relação do Tribunal com a PGR”, afirmou Mendes.
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