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SÃO PAULO – A Polícia Federal aponta falhas nas delações da Odebrecht que, na avaliação dos investigadores, dificultam e comprometem as investigações das informações passadas à Procuradoria-Geral da República. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (31).
Entre outros problemas, os investigadores citam um exagero no número de delatores, a mudança de versão por parte de alguns deles e o fato de até hoje não terem acesso aos sistemas que embasaram as planilhas de repasses de dinheiro, caixa dois ou propina, a parlamentares. Além disso, policiais apontam outros problemas, como a ausência de documentos que comprovem as narrativas dos colaboradores, enquanto alguns dos supostos crimes já estariam prescritos.
Após a investigação da PF, caberá à PGR tomar decisões sobre possíveis denúncias contra os envolvidos: as delações envolvem oito ministros, 39 deputados e 24 senadores.
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A PF e a Procuradoria têm divergido, desde o começo da operação, em relação ao formato de delação premiada, tema que virou até ação no Supremo, por autoria do procurador-geral, Rodrigo Janot. De acordo com apurado pela Folha, haverá uma série de manifestações da PF contrárias à concessão de benefícios dada pela PGR aos delatores por falta de eficácia dos relatos.
Em nota enviada para a Folha de S. Paulo, a Procuradoria-Geral da República afirmou “desconhecer a opinião da Polícia Federal sobre supostas falhas”. “O atual estágio das investigações em decorrência das colaborações dos executivos da Odebrecht não permite ainda fazer juízo definitivo sobre a eficácia dos acordos, por estarem em apuração. Essa análise caberá, em momento devido, ao Judiciário”.