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SÃO PAULO – De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o procurador-geral Rodrigo Janot avalia apresentar apenas mais uma denúncia contra o presidente Michel Temer, e não mais duas, como chegou a ser cogitado no mês passado.
Investigadores trabalham durante o recesso do Judiciário para encerrar a apuração que trata dos crimes de obstrução da Justiça e organização criminosa, com o objetivo de finalizar a nova acusação formal antes do fim do mandato de Janot, em setembro.
O Ministério Público tem o objetivo de reforçar a narrativa da acusação contra Temer, explorando duas vertentes: uma na qual aponta o envolvimento dele com o grupo político do PMDB da Câmara, suspeito de praticar desvios na Petrobras e na Caixa; e outra que trata de eventual ligação de Temer com a suposta tentativa de Joesley Batista de barrar os acordos de delação premiada do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do corretor Lúcio Funaro. Procuradores apontam conexão entre os crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça. O jornal ressalta ainda que o oferecimento de nova denúncia até setembro depende do encerramento do inquérito que investiga o PMDB da Câmara pelo crime de quadrilha.
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Enquanto a segunda denúncia não chega, tanto o governo quanto a oposição estabelecem estratégias sobre a votação da primeira denúncia, com data marcada para 2 de agosto. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a oposição ao governo vai fazer uma reunião no próximo dia 1 de agosto e espera chegar a um consenso sobre como agir no dia D.
Segundo aponta a publicação, integrantes do PC do B defendem marcar presença e pronunciar voto contra Temer, mesmo sabendo que não haverá número para aceitar a denúncia de Rodrigo Janot. Integrantes do PT, por sua vez, pregam obstruir a sessão.
São necessários 342 votos para autorizar a abertura de ação penal contra Temer. A oposição admite que não há apoio suficiente agora – contudo, apostam que o presidente não sobreviverá a uma segunda investida da PGR.
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Já Temer passou a segunda-feira ao telefone para tentar convencer parlamentares a votar contra o prosseguimento da denúncia, informa o Estadão. Pela contabilidade do Palácio do Planalto e da base aliada na Câmara, cerca de 80 deputados são considerados indecisos.
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