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SÃO PAULO – Um dia após o governo confirmar o aumento das alíquotas do PIS/Cofins para gasolina, diesel e etanol e receber duras críticas de parcela do empresariado e eleitores, o presidente Michel Temer disse que a reação negativa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) é “uma incompreensão natural” e mostrou confiança no diálogo como ferramenta para promover a compreensão de todos, “inclusive a Fiesp”.
“Essas relativas incompreensões são naturais. A Fiesp sempre fez uma campanha muito adequada contra o tributo, vocês se recordam que quando cheguei ao governo todos achavam que nós iríamos restabelecer a CPMF. Não o fizemos durante mais de 14 ou 15 meses. Agora, para manter o crescimento, incentivar o crescimento, manter a meta fiscal, foi indispensável que fizéssemos, como a área econômica fez, um aumento, mas apenas sobre combustíveis. Não é um aumento geral”, afirmou o peemedebista em Mendoza, Argentina, após o encerramento da cúpula de chefes de Estado do Mercosul. Na avaliação dele, a reação da Fiesp foi “mais do que razoável”.
Em nota divulgada na quinta-feira, a entidade do empresariado industrial disse estar indignada com a decisão. “Há apenas 3 meses, cobramos publicamente o ministro da Fazenda sobre suas declarações de que pretendia aumentar impostos. Fomos ouvidos”, dizia o texto assinado pelo presidente da instituição, Paulo Skaf, membro do PMDB. “Ministro, aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada, com impactos positivos na arrecadação em junho”.
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