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SÃO PAULO – O ex-governador do Rio Sérgio Cabral prestou depoimento à 7ª Vara Federal Criminal nesta segunda-feira (10) e, pela primeira vez, respondeu às perguntas feitas pelo juiz Marcelo Bretas. Em suas declarações, ele voltou a admitir o caixa dois, mas negou o esquema de propina, em que ele cobraria 5% de propina pedidos em grandes obras.
“Nunca houve propina! Nunca houve 5%! Que maluquice é essa? O Ministério Público tem sido injusto comigo em relação a isso”, disse o ex-governador.
Em geral, o depoimento foi guiado por um clima de tranquilidade, com apenas um momento de discussão. O juiz quis saber como as doações extraoficiais não significariam contrapartidas às empresas beneficiadas se o governador era, em alguns casos, amigo dos empresários. Cabral respondeu que a relação é semelhante à de juízes com amigos advogados.
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Cabral depôs em processo em que é acusado de lavagem de dinheiro por meio de concessionárias de carro. Resultado da Operação Mascate, a ação penal trata da atuação de Ary Ferreira da Costa Filho, ex-assessor do peemedebista.
O ex-governador ainda negou que tenha responsabilidade sobre a movimentação financeira de Ary Ferreira. Em depoimento, o ex-assessor declarou que recebeu entre R$ 9 milhões e R$ 10 milhões de sobras de caixa dois, com os quais adquiriu imóveis. Cabral não reconheceu o valor: “Após a campanha, pode ter havido algum pagamento. Mas esse valor eu não reconheço. Talvez menos que 15% disso”, afirmou ele.
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