‘Se necessário, vamos aumentar impostos’, diz Meirelles

Ministro lembrou que, desde o ano passado, já afirmava que, se fosse necessário aumentar impostos para cumprir as metas, ele aumentaria

Estadão Conteúdo

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deu maior ênfase à possibilidade de aumentar impostos como forma de compensar a queda da arrecadação e, por conseguinte, cumprir a meta fiscal. “Se for necessário, vamos aumentar impostos”, disse o ministro durante entrevista que concedeu após ter participado de evento com investidores do Citibank, em São Paulo.

Meirelles lembrou que, desde o ano passado, já afirmava que, se fosse necessário aumentar impostos para cumprir as metas, ele aumentaria. “E eu repito isso agora de forma ainda mais pertinente. Quer dizer, de fato a queda da arrecadação é importante, produto principalmente das maturações dos prejuízos fiscais das empresas. O efeito tributário está acontecendo no momento. Então tem uma queda defasada da arrecadação como resultado da queda das empresas em anos anteriores”, disse.

No entanto, de acordo com o ministro, a economia está voltando a crescer e há uma expectativa de a arrecadação voltar a crescer também no segundo semestre. “Tem ainda uma série de questões sendo verificadas exatamente como, por exemplo, dos precatórios. Acho que é um recurso líquido e certo para a União, mas precisa do projeto de lei que está em andamento”, disse Meirelles acrescentando que deverá render algo como R$ 8 bilhões para a União.

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Ele citou também a questão dos leilões das hidrelétricas como fonte de recursos para elevar a arrecadação, além dos leilões dos campos de óleo e gás. “Tudo isso são itens para compor a receita neste ano. Além do mais, tem projetos não aprovados ainda no Congresso, como o Programa de Regularização Tributária (Refis) que poderá gerar um aumento na arrecadação ainda neste ano de 2017.

Cide

Meirelles, a despeito de ter sido enfático quanto à possibilidade de o governo vir a aumentar impostos, com relação ao aumento da Contribuição sobre Intervenção do Domínio Econômico (Cide), disse que não há nada ainda decidido.

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“Eu tenho uma postura sobre decisões desse tipo. Não acho adequado tomar uma decisão e não anunciar e depois, perguntado, revelar. No dia que eu tomo uma decisão e for formalizada, nós anunciamos imediatamente”, disse, reiterando que, por enquanto, não há decisão tomada. “De novo, se necessário, vamos aumentar impostos para manter o equilíbrio fiscal.”

Reformas

Meirelles voltou a cobrar hoje a aprovação rápida da reforma da Previdência, que, embora não tenha impacto de curto prazo na economia, é importante para o governo recuperar a confiança do mercado na consistência fiscal do País.

“Desde agosto do ano passado, tenho dito que a reforma da Previdência já poderia ter sido feita e é bom que se faça logo. Números mostram que não podemos esperar dez anos, quando a Previdência passará a ocupar parcela excessiva do orçamento se nada for feito”, afirmou Meirelles.

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