Em gravação, intermediário de Temer oferece ao dono da JBS nomeações no BC, Cade, CVM e Receita Federal

Joesley teria afirmado ao parlamentar que precisa que "posições-chaves" nesses órgãos fossem ocupadas por pessoas que pudessem lhe ajudar, destravando negócios do grupo J&F, holding que controla a JBS

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em trecho da gravação entre Joesley Batista, dono da JBS, com o Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), responsável por receber R$ 500 mil a pedido de Michel Temer, o parlamentar mostra que o governo estava à disposição dos interesses dos donos do frigorífico, aponta o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, nesta quinta-feira (18).

Em encontro com Loures, no dia 13 de março deste ano, seis dias após Temer ter dado o aval para Joesley tratar de “tudo” com o parlamentar, o executivo da JBS explica a Loures que precisava resolver uma série de problemas de suas empresas em órgãos como o Cade, a CVM, a Receita Federal, o Banco Central e a Procuradoria Fazendária Nacional.

Joesley teria afirmado que ele precisava que “posições-chaves” nesses órgãos fossem ocupadas por pessoas que pudessem lhe ajudar, destravando negócios do grupo J&F, holding que controla a JBS e outras dezenas de empresas. Loures diz então que é importante que tudo seja resolvido e faz, em seguida, uma série de telefonemas na frente de Joesley, com interlocutores de alguns desses órgãos, para mostrar o acesso a todos eles. 

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