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SÃO PAULO -A famosa lista do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) saiu na semana passada e gerou muita turbulência no mundo político. O relator da Lava Jato autorizou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigar 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados federais.
Em meio a esse cenário de quase “terra arrasada” em Brasília, os deputados investigados apostam no “quanto pior, melhor” como estratégia para forçar um acordão que os beneficie, diz a coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com a coluna, o governo já identificou esse discurso nas justificativas de aliados para votar contra as reformas ou projetos de seu interesse – com destaque para uma reforma em especial. Esse grupo defende votar contra a reforma da Previdência não por convicção, mas por saber que terá implicações na economia. A avaliação seria: “já que estamos na lama, vamos jogar o País também”. O caos, apostam, levaria todos os setores – economia, política e Judiciário – a sentar para conversar.
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O governo atua para mudar o discurso dos rebeldes através do método tradicional, aponta a coluna. Será através da liberação das emendas ao Orçamento de acordo com o placar das votações das reformas e projetos de interesse do Executivo.
Por outro lado, informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a delação da Odebrecht fez com que líderes de partidos ligados ao governo decidissem suspender discussão sobre uma “leniência parlamentar”. Há meses deputados e senadores estudam propor norma que livraria de ação criminal o congressista que confessasse a prática de caixa dois e as sanções se limitariam a multa e inelegibilidade. Contudo, foi tão grande o desgaste provocado pela empreiteira que os próprios políticos concluíram não haver espaço para algo que ao menos “cheirasse” à anistia.
Conforme destaca a coluna, na base do governo, impera o entendimento de que todo o foco do Congresso deve se voltar para a discussão das reformas e de medidas para tirar a economia do atoleiro. Assim, com um ambiente de menor insatisfação social haveria alguma chance de deputados e senadores voltarem a falar em projetos que tenham como foco principal o próprio futuro político, afirmaram parlamentares à publicação. Antes disso, dizem, seria suicídio coletivo. Assim, entre a sobrevivência política e a expectativa pela retomada, os políticos atuam de forma diferente – contra e a favor do governo.
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