Irmã de Aécio chora em vídeo ao rebater acusações e diz que não recebeu propina; assista

Ela afirmou que vai provar a inocência da família: "pra mim, como disse meu irmão ontem à noite, pouco interessa agora quem mentiu, quem é o mentiroso, se o delator ou a fonte da revista. O que interessa é a mentira"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A irmã do senador Aécio Neves, Andrea Neves, chorou em vídeo em que rebate a acusação de que teria recebido propina da Odebrecht em uma conta bancária em Nova York, nos Estados Unidos. A informação foi publicada pela revista Veja em edição deste final de semana. 

Ela afirmou que vai provar a inocência da família: “pra mim, como disse meu irmão ontem à noite [na sexta], pouco interessa agora quem mentiu, quem é o mentiroso, se o delator ou a fonte da revista. O que interessa é a mentira. Eu não sei o que está acontecendo para tanto ódio e tanta irresponsabilidade, atacar de forma tão covarde a vida das pessoas.”

Em um primeiro momento, Andrea afirma: “gostaria de poder olhar no seu olho, embora não te conheça, pra garantir que isso é mentira e que vamos provar”. Depois afirma: “gostaria de poder olhar no olho… [pausa para chorar]. Desculpa… De cada pessoa que eu conheço, de cada amigo, de cada pessoa que acompanha nosso trabalho, pra dizer é mentira, e nós vamos provar.” No final do vídeo, evoca “duas pessoas que me conhecem tão bem”, sua mãe e sua filha. “Fiquem tranquilas, não sofram por nós, porque nós vamos provar que é mentira.”

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Na edição do último final de semana, a revista Veja afirmou que teve acesso ao conteúdo da delação de Benedicto Junior, ex-­pre­sidente da Odebrecht Infraestrutura. O delator teria afirmado que os repasses a Aécio foram “contrapartida” ao atendimento de interesses da empreiteira em obras como a da Cidade Administrativa, em Minas, e da usina de Santo Antônio, em Rondônia, onde a Cemig (estatal mineira) integrou um consórcio. De acordo com Benedicto Junior, o senador teria recebido propina  em uma conta bancária em Nova York operada por Andrea Neves. 

No sábado, Aécio convocou uma coletiva de imprensa e disse que protocolaria duas petições no STF para pedir acesso à delação de Benedicto Júnior e solicitaria ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, apure o vazamento do conteúdo de colaborações de empresários com a força-tarefa. No último domingo, líderes do PSDB divulgaram uma carta em desagravo a Aécio Neves, criticando “falsas acusações” e “a prática de vazamentos seletivos e mentirosos que encontram eco em práticas editoriais e jornalísticas pouco responsáveis”.

Veja o vídeo de Andrea Neves:

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.