Interferência? O “dedo” de Temer no anúncio de Meirelles

Segundo analistas, foi o próprio presidente Temer quem "vetou" o aumento de impostos

Mário Braga

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SÃO PAULO – Diferentemente do que chegou a ser informado por fontes ao longo da última semana, o anúncio da equipe econômica com o corte no Orçamento feito nesta quarta-feira (29) não incluiu o aumento de impostos, como o próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a indicar. A sinalização é de que a medida de aumento da carga tributária foi barrada pelo presidente Michel Temer.

Na última quinta-feira (23), Meirelles chegou a citar o aumento da alíquota da PIS/Cofins como exemplo de tributos que seriam elevados para cobrir o rombo de R$ 58 bilhões no Orçamento de 2017 e permitir que o governo cumpra a meta fiscal deste ano, de déficit primário de R$ 139 bilhões.

No entanto, ao fazer o anúncio oficial na noite desta quarta-feira (30), as medidas “do lado” da receita, com o objetivo de aumentar a arrecadação federal, se limitaram à reoneração da folha de pagamento – portanto o retorno da carga tributária a níveis que já existiam anteriormente – e o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) apenas para as cooperativas de crédito, que passam a contar com os níveis do tributo que o sistema financeiro. Os outros recursos virão de receitas não recorrentes.

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Segundo analistas, foi o próprio presidente Temer quem “vetou” o aumento de impostos. Com a popularidade em baixa e a necessidade de aprovar a controversa reforma da Previdência no Congresso nos próximos meses, o peemedebista quis evitar uma notícia negativa, que poderia repercutir mal junto à opinião pública e abalar também a melhora nos índices de confiança de consumidores e empresários, limitando o potencial da recuperação da economia projetada para este ano.

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