O gráfico que aponta que uma reviravolta pode estar prestes a acontecer para Temer

E isso é positivo para o presidente (e para o mercado também)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As últimas pesquisas sobre o governo Michel Temer apontam: o presidente é bastante impopular. Pior do que isso, a insatisfação só aumenta: a última pesquisa CNT/MDA, divulgada em meados de fevereiro, mostrou que apenas  10,3% dos brasileiros entrevistados consideram positivo o governo do presidente, ante 14,6% da pesquisa de outubro passado. Já 44,1% avaliam o governo de forma negativa, ante 36,7% do levantamento anterior.

Sobre o desempenho pessoal do presidente, em fevereiro, 24,4% aprovavam, 62,4% desaprovam e 13,2% não souberam opinar. O levantamento anterior indicava 31,7% de aprovação do desempenho pessoal de Temer e 51,4% de desaprovação.

Conforme destaca o BTG Pactual em relatório de estratégia, as evidências empíricas sugerem que é altamente improvável que um presidente possa ser reeleito com menos de 35% de aprovação. Porém, Temer tem tido que não quer ser reeleito. 

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Contudo, mais do que isso, os participantes de mercado estão ficando preocupados que a baixa aprovação do atual presidente possa impedir que um candidato de centro-direita associado com a agenda de reformas do governo Temer tenha um bom desempenho em 2018, “O mercado tem receio de que, se a oposição vencer em 2018, as reformas podem ser interrompidas e a política econômica pode ter uma outra grande mudança de direção”, apontam os estrategistas do banco, Carlos Sequeira, Bernardo Teixeira e Antonio Junqueira.

Porém, não há motivo para pânico, nem do governo para o mercado, ressalta o BTG Pactual. Isso porque um dos dados que está diretamente relacionado com a popularidade presidencial mostra sinais de recuperação: os dados de confiança de consumidor. O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) do Ibre/FGV subiu 2,5 pontos em fevereiro, alcançando 81,8 pontos, o maior nível do indicador desde dezembro de 2014, na segunda alta consecutiva do índice, que iniciou o ano com uma elevação de 6,2%.  

“Uma vez que as taxas de juro registram baixa e a economia se recupera, a confiança do consumidor deve continuar em tendência de alta”, afirma o BTG. Assim, como a aprovação do presidente tem um vínculo estreito com a confiança, seria razoável esperar que a aprovação do presidente volte a subir, como pode ser visto no gráfico abaixo:

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 Contudo, é bom ponderar. Além do cenário econômico, há outros fatores que influenciam a popularidade do presidente. A Operação Lava Jato e os seus desdobramentos também têm efeitos bastante fortes na avaliação do governo e de Temer, assim como as impopulares reformas trabalhista e previdenciária. Assim, o tempo dirá se a elevação da confiança do consumidor pode levar a melhores dias para o presidente – ou se será apenas um “alarme falso” para o presidente. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.