Após recuo, Dow Jones volta a subir com fala de Trump sobre “corte massivo” de impostos; veja os 5 destaques do discurso

O mercado aguarda por detalhes de uma reforma tributária que ele prometeu anunciar nas próximas semanas, como ocorreu em outras ocasiões, a fala do líder norte-americano pode ter impactos diretos em ações de empresas ou setores específicos

Mário Braga

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SÃO PAULO – Os mercados aguardavam com apreensão o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta sexta-feira. O republicano participou da Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), em Washington.

Nos mercados norte-americanos, o índice Dow Jones virou para queda após registrar a máxima dos 20.796 pontos por volta do meio dia. A tendência foi revertida por volta das 12h30, pouco após Trump começar a falar. Mais para o final do discurso do bilionário, quando ele começou a abordar medidas econômicas, o índice voltou a ganhar força. Veja abaixo os principais pontos abaixo:

Economia
Em sua fala, Trump voltou a prometer uma reforma tributária que vai diminuir “massivamente” os impostos apara a classe média e para os negócios. Ele reforçou ainda seu compromisso em reduzir a regulação norte-americana que está “esmagando a atividade e os empregos”, mas disse que vai manter as regras que garantem proteção do ambiente e a segurança.

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“Quero todas as regulações que precisamos, mas não precisamos de 75% das regulações repetitivas que prejudicam empresas e nos fazem pouco competitivos internacionalmente”, afirmou. Sobre sua política comercial, Trump destacou que já tirou os Estados Unidos do TPP e voltou a criticar o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte). “Olhe para o Nafta. O pior acordo que já vi”, disse. 

Imigração
Ao mencionar a questão de segurança na fronteira, Trump garantiu à plateia que vai, sim, construir o muro na fronteira com o México. “Estamos tirando as más pessoas daqui”, disse, a respeito das deportações de imigrantes ilegais no país. O presidente voltou a afirmar ainda que “herdou uma bagunça” da administração Obama.

Depois de a Justiça norte-americana reverter o decreto que impedia a entrada de refugiados de todo o mundo e de pessoas de sete países de maioria muçulmana, Trump prometeu assinar outra ordem executiva para fazer valer sua promessa de campanha. 

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Terrorismo

Trump disse ainda que já ordenou às autoridade de segurança que elaborem um plano e que irá derrotar o Estado Islâmico “Vamos manter os terroristas islâmicos completamente fora do nosso país”, afirmou, anunciando que em breve anunciará medidas que manterão os norte-americanos seguros.

Mídia
 O bilionário voltou a criticar fortemente a mídia e defendeu que os jornalistas não possam publicar reportagens com informações “em off”, sem mencionar o nome da fonte. Ele voltou a dizer que as “fake news”, notícias falsas, em inglês, são o inimigo do povo norte-americano. “As notícias falsas não contam a verdade. Vamos fazer algo a respeito disso”, disse.

Evento conservador
Analistas consideram que Trump fez o discurso que a plateia “queria ouvir”, reforçando o tom de sua campanha. A mídia internacional destaca que este foi um termômetro importante da popularidade de Trump porque foi possível medir a reação de conservadores à postura e às propostas do presidente. Ele foi recebido por aplausos e demonstrações de apoio ao longo de sua fala e reforçou o mote de seu discurso de posse, “America First”, de colocar os Estados Unidos em primeiro lugar. “Não exite algo como um hino global ou uma bandeira global. Não estou representando o mundo, estou representando os interesses dos Estado Unidos”, afirmou.

 

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