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SÃO PAULO – No ano passado, o advogado José Yunes deixou o cargo de assessor especial do presidente Michel Temer após o vazamento da delação do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo afirmar que ele teria recebido em 2014 R$ 1 milhão oriundo da empreiteira em dinheiro vivo em seu escritório, em São Paulo. Agora, Yunes está decidido a esclarecer a história, segundo informa a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Yunes, um dos melhores amigos de Temer, diz a vários interlocutores que foi um mero “mula” e que nunca teve nada a ver nem com a origem nem com o destino dos recursos, tendo recebido um “pacote” a pedido do hoje ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que pediu um favor a ele.
De acordo com a colunista, Padilha queria que Yunes recebesse em seu escritório alguns “documentos”, que depois seriam retirados de lá por um emissário e que teriam como destino campanhas ligadas ao grupo do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Yunes concordou e, na hora combinada, para sua surpresa, Lúcio Funaro (tido como operador de Eduardo Cunha) apareceu para tratar dos recursos.
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O advogado afirma que mal conversou com Funaro e que acredita na possibilidade de ter havido um acerto de contas interno de Padilha com Cunha em torno dos recursos., aponta a colunista. Ao ser procurado pela Folha por meio de sua assessoria, Padilha não respondeu.
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