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SÃO PAULO – Não se engane: “o Brasil ainda é uma completa confusão”. É assim que o colunista da Forbes, Kenneth Rapoza, aponta em artigo que o Brasil está piorando, afirmando que o “País está na lama, bem no fundo do poço”.
O colunista afirma que, após sete anos sem ir a São Paulo, pode-se dizer que a cidade não é nada comparada com o que era 2010, quando ele ainda morava lá. Ele avalia que está muito pior. “Partindo do princípio de que São Paulo é um microcosmo do cenário econômico brasileiro, a visão parece sombria”, aponta Rapoza.
E não é somente na maior cidade do País que se pode ver os impactos da recessão de dois anos do Brasil, afirma o colunista. Ela também pode ser vista claramente m Londrina e Curitiba, duas das maiores cidades do estado do Paraná. “As lojas estão fechadas ou vazias, assim como os edifícios”, aponta.
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Em um retrato bastante pessimista, o colunista aponta que o fim do super ciclo de commodities que levantou o Brasil de 2000-2010 terminou e, ao mesmo tempo, os bancos centrais dos EUA e da Europa introduziram novas medidas que deixaram o Brasil como último destino de investimentos. “Em seguida, o governo de Dilma Rousseff foi pego em um escândalo de corrupção maciço envolvendo a Petrobras e a ação da Petrobras caiu cerca de 80% [vale ressaltar, para depois subirem]. As pessoas perderam seus empregos. O desemprego passou de 4,5% em 2010 para quase 12% hoje. Executivos foram para a prisão. Dilma foi processada”.
Para Rapoza, somente os mais otimistas veem luz no fim do túnel, enquanto outros ainda estão procurando por ele. Já ele emite a sua opinião: “eu diria que a diferença entre 2017 e 2016 é que há menor desarmonia política. O Partido dos Trabalhadores de Dilma foi destruído. Não vaivoltar tão cedo. Sua máquina política está funcionando mal, assim há a percepção de menor divisão política. Essa é a minha percepção, pelo menos. Isso não significa que as pessoas gostem do substituto de Dilma, Michel Temer. Significa que o argumento sobre o golpe de Estado e de direitos políticos pisoteados já não está mais em uma fase febril”, afirma.
“Então este é o Brasil. Na frente política, a investigação da Petrobras continua incansavelmente e cansativa”, avalia. O melhor resultado dela, aponta, é que as empresas vão aprender a temer a lei e a corrupção deve ser menos prevalente. “Enquanto isso, as principais construtoras que de estradas, pontes, usinas de energia, terminais portuários e trilhos de metrô do Brasil estão suspensas dos contratos de obras públicas. Quem vai construir o Brasil agora?”, questiona.
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Mas ele pondera que a economia brasileira deve melhorar este ano e que, talvez isso signifique mais contratações. Contudo, a cada semana os principais economistas vêm revisando sua perspectiva de crescimento para baixo. Contudo, ele faz mais uma ponderação: “essa é a opinião de um homem. Não entre em pânico”.
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